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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ser responsável

Foto: Google Imagens


Para estarmos em sintonia com o mundo, devemos questionar os nossos desejos e a viabilidade da realização deles. A nossa consciência sempre deve estar acima das nossas vontades. Devemos estar a favor do nosso crescimento. Assim age o homem maduro, sábio, superior. Assim age o homem de boa vontade. Quem já conquistou isso é um homem livre, livre da pior de todas as amarras, as suas próprias.

Cintia Liana


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Foto: Google Imagens


Ser adulto

"É consentir em certos sacrifícios, renunciar às pretensões exorbitantes, aprender que é melhor 'vencer nossos desejos do que a ordem do mundo' (Descartes). É descobrir que o obstáculo não é a negação, e sim a própria condição da liberdade. É reconhecer que nunca nos pertencemos inteiramente, que de certa maneira nos devemos ao próximo, que abala nossa pretensão à hegemonia. Por fim, é compreender que é preciso nos formar transformando-nos, que nos fabricamos sempre contra nós. Em resumo, tornar-se adulto é fazer o aprendizado dos limites, é renunciar às nossas loucas esperanças e trabalhar para ser autônomo, capaz tanto de se inventar quanto abstrair-se de si."

Pascal Bruckner, A tentação da inocência, pg. 104.

Texto extraído do Blog "Palavra Aguda".


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Foto: Getty Images

SALVE SALVE 2010!

QUE VENHAM A PAZ, A ALEGRIA, A SAÚDE, O AMOR E A BEM AVENTURANÇA!


Foto: Cintia Liana

Luz e sabedoria!

Por Cintia Liana

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A doçura do amor

Foto: Getty Images
"L'amore può essere dolce come una pesca e in Italia le pesce sono molto dolci."
Cintia Liana

["O amor pode ser doce como um pêssego e na Itália os pêssegos são muito doces.]


Foto: Getty Images

Encontrei essa poesia da querida Adélia Prado no Blog Boteco Literário.
Linda! Dá pra sentir que é nas pequenas coisas que mora a doçura do amor.


CASAMENTO
(Adélia Prado)

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como ‘este foi difícil’
‘prateou no ar dando rabanadas’
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.


Por Cintia Liana

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Descobri trinta anos

Foto: Irene Lamprakou

Verdade é que com trinta anos se descobre muitas coisas, não como um passe de mágica, mas com trabalho e empenho. Se bem que há pessoas que nunca descobrem, podem estar com 60 anos vivendo as mesmas coisas e com os mesmos pensamentos atrasados.

Descobri que temos que fazer um esforço para sermos melhores, que ser bom de verdade é um luxo, uma qualidade para poucos, porque a maioria só quer ver a infelicidade dos outros.

Como psicológa descobri ainda mais. Que se enxergar dói mesmo e pagar para isso numa sala de terapia tem que ser muito raçudo, muito corajoso, muito "tudo de bom" e, ainda assim, tem aqueles que só enrolam e ainda acabam saindo da terapia devendo dinheiro ao terapeuta e isso é feio demais. É humano? Sim, mas é bem vergonhoso. Deve ser por isso que não voltam para pagar, porque já cometeram a garfe.

Descobri que ter trinta, significa ter muito mais pela frente, ainda se é muito jovem, mas os mais novos não imaginam isso e pensam que terão vinte a vida toda.
Às vezes passa um filme na cabeça, momentos em que fui tola, imatura, igoísta e hoje isso não me machuca tanto, me faz ser mais forte.

Descobri que cuidar mais da minha pele, dos meus dentes, do meu intelecto e das minhas emoções nunca é demais. Que filhos me darão trabalho mas que, possivelmente, me farão falta, se não os tiver.

As teorias psicológicas nunca me fizeram tanto sentido. A noção de que nada é por acaso é forte e que tudo que acontece conosco é simplesmente por vontade ou incompetência nossa. Claro que os outros podem desajudar, mas somos o centro da nossa vida.

Descobri também que espíritos obsessores são partes nossas, partes desconhecidas da nossa psiquê, as quais Jung chamou de sombra.
Lembrei de uma frase de Carl Gustav JUNG - Pai da Psicologia Analítica:
"A natureza humana é capaz de um mal infinito. ...Hoje, como nunca dantes, é importante que os seres humanos não subestimem o perigo representado pelo mal que espreita dentro deles. Ele é, infelizmente, bastante real, e é por essa razão que a Psicologia deve insistir na realidade do mal e deve rejeitar qualquer definição que o considere insignificante ou na verdade inexistente."

Quanto mais estudo, mais me aprofundo, menos acredito em dogmas e vejo como são manipulados. Eles foram feitos para organizar as grandes massas e simplificam a forma de ver a realidade, para que todos a entendam. É bem vindo para muitos que necessitam, mas eu não preciso disso, já passei desse nível, ao contrário, qualquer descoberta de um mistério me fascina e eu não tenho medo de enxergar, sou capaz de tirar as minhas próprias conclusões e aplicar.

Não frenquento a igrejas, mas penso que o mundo deveria parar, até resolvermos a questão da fome, dos menores sem família e do tráfico. Eu seria uma das primeiras pessoas (porque não sou a única inconformada) a sair de casa para ajudar.
Adoto o pensamento radical quando se trata de bem humanitário.

Um das melhores coisas que descobri, foi ter a certeza do quanto o ser humano pode ser invejoso e ruim. Não estou falando de você, estou falando da natureza humana e, é claro, que existem pessoas que lutam contra isso. Foi assim que descobri como me proteger, pois passei a ver que não é tão difícil alguém desejar o seu mal, por mais que você seja legal e sincero.
Dizem que sou ingênua, porque acredito no bem. Sou alguém que adora um sorriso, que elogia quando gosta, que conversa com qualquer pessoa que se mostra receptiva, educada e gentil.
Acredito na boa convivência generosa e em muito mais que isso, no desejo de fazer o bem e ajudar no que for preciso, aquele sentimento bom que vem para ser maior que qualquer coisa, qualquer impedimento, competição, medo, desconfiança. Eu tenho muita fé no bem.
Sempre encontramos amores parecidos, pois buscamos e nos apaixonamos por pessoas parecidas, antes de tudo com nós mesmos. A paixão passa, mas o amor tem que continuar a ser construído e isso pode ser bastante difícil, mas se existir respeito e dedicação a vida a dois pode ser uma delícia.
Valorizo muito a minha vida, o meu corpo, os meus sentimentos e desejo continuar acreditando que as pessoas podem ser melhores, assim como eu luto para ser todos os dias e só de pensar que as minhas desobertas só estão começando fico muito contente.


Por Cintia Liana


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Foto: Getty Images

Nessas minhas novas andanças por blogs e "escrivinhanças" tenho descoberto tanta gente boa, e como escrevem bem... Exprimem sentimentos em pequenas palavras, com um jeito de escrever todo especial. De alguma forma, tenho me sentido acompanhada em meus ideais.
Li agora o texto "Trinta anos", do blog www.filigranademim.blogspot.com e por, um momento pensei, que estivesse me lendo. Que bom que não vivemos a sós e que existem pessoas sensíveis, que também lamentam não termos um mundo mais justo, onde predomine o sentimento de amor. Mas, melhor ainda, que podemos fazer algo, ao invés de somente lamentar.
Por falar nisso, em fazer algo, visitem meu outro blog:
..."Não desejo felicidade, palavra vazia, banalmente reduzida à antônimo de angústia. Desejo bem aventurança e ausência total de culpas"... [Mônica Montone - http://finaflormonicamontone.com]

[A foto acima me intriga. O que será que pensavam essas mulheres naquela época? Será que era muito diferente do que pensamos hoje?]

Por Cintia Liana

Minha alma

Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos


"Em minha alma há um rebento incansável, a lucidez que insiste em nascer a toda hora".

Cintia Liana

Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos


Hoje lembrei tanto da música "Luz" de Djavan que não pude deixar de postá-la. Como tudo tem um motivo interno, sei que minha alma pede nesse momento essas palavras e esse som por algum motivo importante. Deve ser porque "um trem entrou no meu eu e davagou feliz".
Então, vamos curtí-la em letra e vídeo.


Luz
(Djavan)

No burro a canga
Na menina a tanga
O verde do mar é um
Verde num toque quase azul
Do infinito ao zoom...
Marelou...
Candomblé oxum
Zamburar pra tirar egum
O que não se vê
Tá aí
Como tudo o que há
Minha fé riu-se de mim
Pelo quanto triste
Eu falei de dor
Como se no fundo
Da dor
Não vivesse a paixão
Mal-me-quer...
A vida segue seu lamento
Um tanto flor
Um leito de rio
No cio
Um cheiro de amor
É amor
Quando não diz
É fogo por um triz
Um trem entrou
No meu eu
E divagou feliz...
E na dor
Eu passo um giz
Arco-irisando a solidão
Na lição
Que o sol me traduz:
Viver da própria luz

Por Cintia Liana

domingo, 20 de dezembro de 2009

Com Licença Poética

Foto: Cintia Liana (2005)

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado para mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
Já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Adélia Prado
Escritora (Completa!)

Fonte: http://otemponaoexiste.blogspot.com (Excelente! Visitem!)

Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos


“Uma palavra verdadeira pode ser um milagre: é a solidão derrotada”.

António Alçada Batista

Fonte: http://palavraguda.wordpress.com (Indico também. Muito bom!)

Por Cintia Liana

sábado, 19 de dezembro de 2009

Loira e muito inteligente

Foto: Marilyn Moroe. Getty Images. 

Comigo o mito da loira burra virou uma idéia estapafúrdia, ridícula, piada.

Desculpe decepcionar alguns homens mas, para ser bonita não preciso ser burra. Não preciso de homens me paparicando para me sentir linda e importante, não necessito de cavalheirismos baratos, nem ajuda para estacionar meu carro, obrigada.

Lamento frustrar as expectativas masculinas, mas dirijo meu Volvo 2.0, motor turbo, 217 cavalos de potência, melhor que todos vocês, cavalheiros. E não adianta dizer que é carro de homem, pois quando eu comprei não veio escrito isso no manual.

Sou pós-graduada e ganho dinheiro exercendo a minha profissão, a que escolhi para a minha vida.

Brincadeiras e ironias um tanto esnobes à parte mas nós, loiras, sentimos um certo preconceito sim e que só não é pior porque ganhamos cortejos, delicadezas e gentilezas na maneira de nos tratar, mas sentimos que esperam de nós só graça e beleza, mas eu não me contento com isso, eu sou mais, sou garra, inteligência, perspicácia, coragem e agressividade quando necessário.

Descreverei dois conceitos originários de Freud para explicar algumas distorções, conceitos esses que foram motes de uma de minhas três monografias de conclusão de curso apresentadas em 2000 na PUCCAMP, uma das melhores universidades do País, situada em Campinas-SP, maior celeiro acadêmico e de pesquisa da America Latina.

Transferência e contratransferência, instrumentos de trabalho em um processo de psicoterapia psicanalítica individual, também dizem respeito a tipos de vínculos que estabelecemos com as pessoas, que são baseados em padrões que exercitamos durante toda a vida.

Quando conhecemos alguém transferimos para ela um padrão de imagem, isso irá depender de quem essa pessoa nos lembra, com quem esse pessoa se parece e então acabamos por tratá-la e nos reportarmos à ela da mesma forma que tratamos aquelas mesmas pessoas que ela nos faz lembrar. Funcionamos, estimulamos e damos os mesmos tipos de respostas.
Acontece que como ninguém é igual, e muito menos essa pessoa com as quais ela se parece, acabamos por solicitar respostas e formas de se comportar que nem sempre ela quer ou pode dar. Mas se essa pessoa acaba por responder da forma que queremos, porque é levada a isso, chamamos isso de contratransferência.

Por exemplo, um homem vê uma loira linda, que tem um jeito de falar e se expressar assim como uma de suas amigas e ele chega "cheio de graça", desejando que ela se comporte da mesma forma simpática e ingênua que aquela amiga dele. As chances dela dar essas respostas que ele deseja são grandes, por causa dos estímulos que ele emitirá. A loira o tratará bem, será delicada, e educada e isso se chama contratransferência. Ou seja, ela correspondeu às expectativas dele.
Assim acontece com algumas pessoas que se aproximam de mulheres bonitas e loiras e já esperam que ela seja sedutora, fútil, ingênua, meio boba, mas nunca esperam que sejam sérias, competentes e fiéis a seus princípios e ideais.

É claro que todo esse processo ocorre em nível inconsciente.

O mito da loira burra é real e ganhou o mundo graças ao cinema. A literatura afirma que mais exatamente com a bela Marilyn Monroe, diva de Hollywood que interpretou diversas personagens fúteis e sedutoras. Loiríssima que seduz milionários. O filme foi baseado no romance homônimo da norte-americana Anita Loos, lançado em 1925. Anita contava que teve a idéia numa viagem de trem. Enquanto ela, morena, arrastava as malas sem comover a ala masculina, uma loira ao seu lado era paparicada por todos os marmanjos. Hoje o estereótipo é alimentado, em grande parte, pelos homens.

O psicólogo Tony Cassidy, da Universidade de Coventry, na Inglaterra, em sua pesquisa, mostrou que, apesar de preferirem as loiras, eles acham que elas são menos inteligentes. No Brasil, o preconceito sobrevive graças a uma mentalidade branqueadora.
"Nosso ideal de beleza privilegia as mulheres de pele clara e as loiras", diz o antropólogo Renato da Silva Queiroz, da USP. "A lenda da loira burra seria, então, uma espécie de vingança das morenas", diz.

*Segundo o Discovery Channel, a origem do estereótipo de que loiras são burras ocorreu por uma estratégia montada por empresários judeus que objetivavam denegrir a raça ariana, a superioridade da raça branca da ideologia nazista; escolheram uma das atrizes de maior destaque em Hollywood da época, a loira ingênua Marylin Monroe e fizeram uma grande campanha publicitária.

Entendo que deva ser mais fácil se sentir homem ao lado de uma mulher bonita e burra, porque lidar com uma mulher inteligente não é para qualquer homem, só para os de verdade.
Tem que ser muito homem para aceitar a inteligência e sucesso de uma grande mulher, tem que ser muito seguro para se relacionar com uma mulher inteligente e bem sucedida, então, como homens que se prezam estão em extinção, eles insistem em esperar que sejamos burras, mas acabam se frustrando ou nos enxergando da maneira que querem.

Depois chega o tal do Gabriel O Pensador, que se intitula pensador, estampando em seu nome artístico tal adjetivo e faz uma música taxando as loiras de burra. Sei que ele se refere à mulheres em geral, que vivem nos salões de beleza, pintando os cabelos, cuidando da aparência externa, vivendo na alienação da vaidade, mas isso foi prestar um desfavor a sociedade porque reforçou o preconceito frente as loiras e o desejo dos homens em terem mulheres burras com as quais eles poderiam se relacionar, sem medo de se sentirem inferiores.

Comigo a regra ficou louca. Como dizia minha avó, "comigo não, violão!".
Estou aqui para quebrar regras, romper com preconceitos, apreender o novo, ensinar o libertário, lançar desafios e me superar sempre. Adoro ser loira, amo me sentir bonita, mas o meu maior gozo é ser inteligente.
Por Cintia Liana
Foto: Marilyn Moroe. Google imagens.

[Marilyn Monroe, nome artístico de Norma Jean Baker (nascida Norma Jean Mortenson; Los Angeles, 1 de junho de 1926 — Los Angeles, 5 de agosto de 1962) foi uma atriz americana.
É uma das mais famosas estrelas de cinema de todos os tempos, um símbolo de sensualidade e um ícone de popularidade no século XX.
Marilyn começou a carreira em alguns pequenos filmes, mas a sua habilidade para a comédia, a sua sensualidade e a sua presença no ecrã, levaram-na a conquistar papéis em filmes de grande sucesso, tornando-a numa das mais populares estrelas de cinema dos anos 50. Tinha 1,67 m de altura, 94 cm de busto, 61 cm de cintura e 89 cm de quadril. Apesar de sua beleza deslumbrante, suas curvas e lábios carnudos, Marilyn era mais do que um símbolo sexual na década de 50. Sua aparente vulnerabilidade e inocência, junto com sua inata sensualidade, a tornaram querida no mundo inteiro.]
Fonte:Wikipédia
Mote:
1. LITERATURA pensamento expresso em um ou mais versos para ser desenvolvido na glosa;
2. tema; assunto;
3. epígrafe;

Estereótipo:1.chapa ou clichê usado em estereotipía.
2.trabalho impresso por meio de estereotipía.
3.modelo conceitual rigido que se aplica de forma uniforme a todos os indiviuos de uma sociedade ou grupo, apesar de seus matizes e divergencias.
Fonte: Dicionário Informal



Por Cintia Liana

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ter e mudar de opinião

Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos


"Sou um ser questionador, em constante movimento. Não me condenem por minha opinião, ela pode mudar em um minuto. Meu pensamento é rápido e estou usando-o há todo tempo para processar minhas percepções e conhecimentos bordados de seus múltiplos detalhes."
Cintia Liana
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"Ponderar a opinião dos outros não significa ter que dispensar a sua. Não se trata de uma competição."
Cintia Liana
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"Normalmente todas as opiniões são pouco para mim, inclusive as minhas. Eu quero sempre mais. Eu quero sapatear em todas as possibilidades mais sábias, eu quero transcendê-las."
Cintia Liana
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Palavras que brindam o pensamento como forma de crescimento:

“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.”
Friedrich Nietzsche

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"Quem nunca altera a sua opinião é como a água parada e começa a criar répteis no espírito."
William Blake

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"A honra é, objetivamente, a opinião dos outros acerca do nosso valor, e, subjetivamente, o nosso medo dessa opinião."
Arthur Schopenhauer

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"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos."
Eduardo Galeano
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"O progresso é impossível sem mudança. Aqueles que não conseguem mudar as suas mentes não conseguem mudar nada."
George Bernard Shaw
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"O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete."
Aristóteles

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"Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre."
Charles Chaplin



Por Cintia Liana

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A inteligente arte que "incomoda"

Dois filmes maravilhosos que assisti nas últimas semanas:

"Do começo ao fim" e "Abraços partidos".

"Do começo ao fim"
De Aluízio Abranches


Foto: Google. Filme "Do começo ao fim".


Falsos moralistas de plantão terão um choque ao vê-lo. Uma amiga, ao sair da sessão de cinema disse-me ao telefone, "eu não indico, os pais se comportam como se achasse natural a relação afetivo sexual entre os dois irmãos homens! Nada fazem, muito estranho!". Quando ouvi isso pensei, "isso é arte! Incomodou? Assistirei hoje!".
Falei para minha amiga que essa é a função da arte, causar impacto, fazer pensar, sentir ou confundir, não é influenciar, manipular, perverter e muito menos convencer ninguém a nada. É uma espécie de catalisador capaz de fazer as pessoas pensarem sobre suas vidas, cultura e valores. Se elas estiverem dispostas e aptas, é claro! Porque tem gente que está fechada, rígida, inerte e com medo de crescer, sair do lugar, perder um pseudo auto controle.
Não ver o filme por preconceito frente a trama é dizer, "quero continuar ignorante". Ninguém se torna homossexual e dá em cima do próprio irmão só porque viu a um filme, muito menos passa a achar isso natural. Mas nos faz pensar sobre coisas diferentes das habituais, nos faz questionar a realidade.
Os quase nulos patrocinadores não quiseram sair do anonimato. De fato, ver dois irmãos prestes a ter uma caso de amor envolvendo sexo é de incomodar qualquer um, mas o mais chocante já aconteceu, mortes de homossexuais por homofóbicos loucos. Isso a sociedade já permitiu.

Morte por preconceito x amor que envolve tabu. Tabu esse descrito por Freud que nos faz entender muitas coisas, o horror do incesto, por exemplo.
Em alguns momentos, percebia uma histeria quase que geral da platéia, algumas cenas causavam incômodo mesmo, havia uma conversa, inquietação, beirando a falta de educação típica dos cinemas lotados de gente que não sabe assistir contemplando. Tinha uma parte da platéia que mais parecia mais uma mesa de bar meio a copa do mundo e um homem na cadeira de trás que não parava de chutar a poltrona ao lado da minha, este homem acabara, sem perceber, de adotava o mesmo título do filme, "do começo ao fim" o homem chutava a poltrona. Maldita falta de educação e respeito!

É difícil assistir ao filme, pois estamos impregnados cegamente pelas regras que nos constróem, mas ao mesmo tempo o filme traz uma delicadeza admirável ao tratar assunto tão delicado, sem levar os humores dos pais ao limite, a agressão ou a usar o ego ideal. Os pais vêm que algo está acontecendo, mas não se atrevem a fazer nada em especial afinal, separar os irmãos? O que seria mais correto? E o que é correto? Por que é correto? Os filhos sempre se respeitaram muito.

Não defendo a prática do que vi. Isso é claro. Mas a obra nos leva a refletir sobre uma outra forma de ver e agir, sem controlar, usar da força, agressão, repressão ou julgamento e muito menos do que se espera das grandes massas.

O autor conseguiu trazer a luz da reflexão sobre os nossos valores e educação, uma reflexão séria que nos leva a outros temas e situações da vida.

Unir sexo e tabu a delicadeza de forma bastante poética e respeitosa foi um aspecto de sucesso do filme, apesar de sua polemicidade.
E viva a criatividade!
[Aluisio Abranches é cineasta brasileiro. Acumulou experiências trabalhando como assistente de direção e produtor de vários filmes, estreando na direção de longas-metragens em 1999 com Um Copo de Cólera, inspirado na novela homônima de Raduan Nassar. Aluísio se formou primeiramente em economia.]


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"Abraços Partidos"

De Pedro Almodóvar


Foto: Google. Filme "Abraços partidos"

Se for ler a sinopse de "Abraços partidos" não o assistirá, pois não expressa nada do que verá. Na sinopse que li passava ser um filme depressivo, triste e monótono. Acabei vendo-o por causa do horário e não pela motivação natural que a arte me traz. O filme já estava começando, mas também não deixaria de ver um filme de Almodóvar, o veria nem que fosse em outro momento.

Não me arrependi. O filme é muito interessante e prende a nossa atenção. Almodóvar sempre surpreende com suas tramas nada convencionais e Penélope Cruz se mantém linda e talentosa com um ar de "Bonequinha de Luxo" arrebatadora.

[Pedro Almodóvar Caballero (Calzada de Calatrava, 24 de setembro de 1949) é um cineasta, ator e argumentista espanhol.
Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem sua família tinham dinheiro para pagar seus estudos. Antes de dirigir filmes foi funcionário da companhia telefônica estatal, fez banda desenhada, ator de teatro avant-garde e cantor de uma banda de rock, da qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Óscar de melhor diretor. Homossexual assumido, seus filmes trazem a temática da sexualidade abordada de maneira sublime.]


Vamos dar bilheteria aos filmes nacionais e espanhóis!

Por Cintia Liana

domingo, 13 de dezembro de 2009

Chaplin, brilhante e eterno.

Foto: Google Imagens

Durante a minha infância, sempre passava em frente aquele pequene quadro na sala da casa da minha avó, via um desenho do rosto de Chaplin e lia sua frase: "Só odeiam os que não se fazem amar".

Aquele homenzinho sempre me chamou a atenção desde criança por suas palavras sábias, sempre apontando para a importância da ternura.

Na época não entendia ao certo a responsabilidade daquela frase, mas hoje, mulher, não só entendo, como também acredito nisso.

Hoje elegi quatro pequenos textos dele que gosto muito e dizem muito do que eu penso do mundo.

Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos

Pensamos demasiadamente

Sentimos muito pouco

Necessitamos mais de humildade

Que de máquinas.

Mais de bondade e ternura

Que de inteligência.

Sem isso,

A vida se tornará violenta e

Tudo se perderá.

Charles Chaplin


Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos

O Caminho da Vida


O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)


Charles Chaplin


Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.


Charles Chaplin


Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos

Minha fé é no desconhecido, em tudo que não podemos compreender por meio da razão. Creio que o que está acima do nosso entendimento é apenas um fato em outras dimensões e que no reino do desconhecido há uma infinita reserva de poder.

Charles Chaplin


Repassar pensamentos sábios de amor são sementes que plantamos para a reflexão de alguém que precisa mudar, se humanizar.

Foto: Google Imagens
Sir Charles Spencer Chaplin, Jr., KBE (Londres, 16 de Abril de 1889 – Corsier-sur-Vevey, 25 de Dezembro de 1977), mais conhecido como Charlie Chaplin, foi um ator, diretor, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos do período conhecido como Era de Ouro do cinema estadunidense.
Além de atuar, Chaplin dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente compôs a trilha sonora de seus próprios filmes, tornando-se uma das personalidades mais criativas e influentes da era do cinema mudo.

Por Cintia Liana

sábado, 12 de dezembro de 2009

Oscar Wilde

Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos

Adoro este texto de Oscar Wilde!
Apreciem!
Loucos e Santos
"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde
[Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde (Dublin, 16 de outubro de 1854 — Paris, 30 de novembro de 1900) foi um dramaturgo, escritor e poeta irlandês, expoente da literatura inglesa durante o período vitoriano, sofreu enormes problemas por sua condição homossexual, sendo preso e humilhado perante a sociedade.]
Por Cintia Liana

Ensaio fotográfico: "Fada"

Foto: Cintia Liana Por Hudson Matos

Após a matéria do Jornal Correio da Bahia "Fada da Adoção", o fotógrafo Hudson Matos me fez um convite irrecusável, realizar um ensaio fotográfico intitulado "Fada", tendo como cenário a Reserva do Parque Sauípe.

Hudson Matos é um jovem artista de muita sensibilidade, cheio de vida e criatividade.
Isso merece uma exposição. Quem sabe num futuro bem próximo? Aguardem nossas próximas travessuras.
Ficou lindo! Confiram algumas fotos.


Fotos: Cintia Liana Por Hudson Matos

Agradeço ao artista pelo lindo trabalho.

Por Cintia Liana

domingo, 29 de novembro de 2009

"Fada da Adoção"

Foto: Cintia Liana no Jornal Correio da Bahia, 29 de novembro de 2009.

"Fada da adoção". Esse foi o título ultilizado pelo jornalista Sylvio Quadros para a matéria que fez sobre mim e sobre meu trabalho com adoção de crianças.

No início da entrevista, pouco depois de ter sido procurada pelo Jornal Correio da Bahia, que sempre mostra interesse em minhas andanças e estudos, achava que o tema seria adoção, mas o jornalista muito tranquilo e simpático me advertia que a matéria era sobre meu trabalho social.

Enfim, falei de adoção, mas tive que falar bastante de mim. São dois assuntos totalmente correspondentes. De toda forma, falei bastante de adoção, pois não há tema mais lindo e encantador.


Resultado, uma matéria muto bonita, com um toque de magia dado pelo jornalista e uma foto muito criativa do fotógrafo Robson Mendes.


Obrigada Correio!


Segue a matéria para quem mora fora da cidade ou do País e que não leu:


Matéria de 29 de novembro de 2009 do Jornal "Correio da Bahia".


"Fada da Adoção"


"Ela não tem asas ou varinha de condão, mas há quem ande falando justamente o contrário. Para muitos pais que adotam filhos, a psicóloga baiana Cintia Liana - 33 anos, duas tatuagens e um diploma em Campinas (SP) - é uma fada madrinha; ou, mais precisamente, a “fada madrinha dos pais adotivos”.
O apelido surgiu há três anos, no tempo em que Cintia ainda organizava palestras para pais no Juizado de Menores, onde entrou em 2002 como voluntária. De lá para cá, a loira de riso fácil e fala ligeira não parou mais. Montou um grupo na internet para tirar dúvidas sobre adoção de órfãos, concluiu uma pós-graduação em casal e família (dessa vez em Salvador), deu aulas em faculdade (“os alunos são superapaixonados por mim”) e fez um curso de um mês e meio na Itália. Hoje, mantém um blog (
http://psicologiaeadocao.blogspot/. com) sobre o assunto e atende em consultório.
Além da experiência, ganhou amigos.


“Hoje, as pessoas me ligam de todas as partes do Brasil”, afirma Cintia. “Quando meu grupo de discussão na internet chegou a 230 membros, achei que já era hora de fazer um recadastramento e limitar o número de participantes. Os pais falam muito de suas intimidades, e isso é coisa séria. Muita gente manda fotos, mensagens de apoio e perguntas. É ali que muitos manifestam o desejo de adotar”.
Na entrevista que concedeu ao CORREIO, Cintia fez honra ao apelido que ganhou de uma mãe. Em dado momento, sua voz embargou enquanto contava a história de um garoto que, mesmo com deficiência física, vivia feliz com a esperança de ter uma família; seus olhos, grandes e curiosos, marearam de lágrimas. “As pessoas ainda têm receio de adotar, mas elas precisam saber que isso liberta a alma. Toda relação de amor surge da convivência e do respeito, e não da herança genética”, diz.


Para os interessados, no entanto, não basta só interesse. Apenas o Juizado de Menores pode avaliar quem está apto a adoção. Cintia, do seu consultório, fica encarregada de aconselhar, preparar e, principalmente, quebrar preconceitos.“Muitos pais me procuram com medo de adotar crianças mais velhas, semenxergar que elas já vêm com um repertório, uma riqueza e a consciência de que desejam ter uma família”.


Durante a entrevista, a psicóloga aproveitou ainda para quebrar a esperança de futuros pretendentes. Em janeiro, Cintia volta à Itália com um propósito acadêmico (planeja fazer um curso sobre a Escola de Milão, “referência mundial em sua área”) e outro romântico (“meu noivo é italiano e vou aproveitar pra visitá-lo”, revela, com indisfarçada timidez). Afinal, a “fada” também é humana.
Por SYLVIO QUADROS."


Por Cintia Liana


sábado, 28 de novembro de 2009

Não te enganes

Foto: Rights Clarke. Getty Images.

"Mulher, não te enganes,
o homem que te ama
é o único que tem valor".

Cintia Liana


Indico ler ao assistir "Primo Basílio". A obra em vídeo está muito boa, com Débora Falabella, Reynaldo Gianecchini, Fábio Assunção, Glória Pires, Guilherme Fontes, Simone Spoladore, Zezeh Barbosa e outros. Com direção e produção de Daniel Filho.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ordem e Amor

Foto: Cintia Liana

O amor preenche o que a ordem abarca.
O amor é a água, a ordem é o jarro.

A ordem ajunta,
o amor flui.
Ordem e amor atuam juntos.

Como uma linda canção obedece às harmonias,
assim o amor obedece à ordem.
Assim como o ouvido dificilmente se acostuma
às dissonâncias, mesmo quando são explicadas,
assim também nossa alma dificilmente se acostuma
ao amor sem ordem.

Muita gente trata essa ordem
como se ela fosse uma opinião
que se pode ter ou mudar à vontade.

Contudo, ela nos preexiste.
Ela atua, mesmo que não a entendamos.
Não é inventada, mas encontrada.
É por seus efeitos que a descobrimos,
Como descobrimos o sentido e a alma.

Muitas dessas ordens são ocultas. Não podemos sondá-las. Elas atuam nas profundezas da alma, e freqüentemente as encobrimos com pensamentos, objeções, desejos e medos. É preciso tocar no fundo da alma para vivenciar as ordens do amor.
[Poema de Bert Hellinger - Constelação Familiar]

Constelação Familiar é um recente método psicoterapêutico, com abordagem sistêmica fenomenológica, de fundo filosófico, desenvolvido pelo filósofo e psicoterapêuta alemão Bert Hellinger. Trabalha os padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações. Traz à luz uma série de dificuldades sofridas, fazendo o terapeutizando tomar consciência, romper com padrões e mudar o curso de sua história.
Por Cintia Liana

O glamour dos médicos do novelista Manoel Carlos

Foto: Google Imagens

Não é a primeira e nem a segunda novela de Manoel Carlos em que ele coloca os médicos como semi deuses, ou melhor, como deuses, sem nenhum exagero da minha parte e o mais interessante é que o diretor da clínica sempre é o tal do “Dr. Moretti”. Que fixação!
O “ato médico”, como projeto de Lei, acabou de ser votado na Câmara dos Deputados e enviado ao Senado Federal, o qual deflagra um absurdo abuso de poder, ferindo os princípios do SUS, a autonomia das profissões e limitando o exercício dos demais profissionais de saúde.
Sou a favor da regulamentação da profissão médica, mas não que os médicos possam ganhar a autoridade de interferir em decisões de outros profissionais de outras áreas da saúde, nas quais eles não têm competência, nem conhecimento técnico. Eles poderão indicar ou contra indicar o tratamento numa área de saúde na qual eles ignoram totalmente, pois não estudaram, não fizeram uma faculdade para isso.
Ele não é o grande poderoso das áreas, não estudou todas as disciplinas de saúde, não entende mais que os outro de saúde humana, só mais que o veterinário, pois este cuida dos outros animais, dos de quatro patas, marinhos, aéreos...
Quando falamos de saúde, não podemos nos reportar somente ao corpo e nem a meros procedimentos convencionais. Têm procedimentos hospitalares que os endeusados ignoram, pois são de competência de outras áreas acadêmicas.
Temos que chamar de doutor? Quem fez doutorado? Não fizeram? Mas tudo bem, então chamemos a todos de doutor, uma República completa! Todos os outros profissionais enfermeiros, assistentes sociais... Vamos chamar por respeito ao profissional no contexto clínico, hospitalar, jurídico, como os de escola, onde chamamos todos de professor.
Solicitações corriqueiras, mas direitos iguais para todas as formações profissionais, pois somos todos necessários e importantes e e essa história de ser VIP é a coisa mais brega que já vi!
Vocês sabem o que é VIP (Very important people)? É bem cafona. Depois escrevo um artigo sobre isso.
Quando me chamavam de doutora ficava um pouco constrangida, mas entendi que são demandas naturais do contexto clínico e jurídico, afinal como chamariam uma especialista senão de doutora? Mas poderíamos inventar um termo mais adequado e justo para especialistas e não acho, de jeito algum, que um doutorado seja uma formação superior a esta, são coisas diferentes e ambas têm seu valor.

Deixo claro que não se trata de desvalorizar os médicos, eles são muito úteis, a medicina é necessária, mas é de colocá-los em seus devidos lugares, sem supervalorizá-los fantasiosamente e não deixar que diminuam ou simplesmente excluam os outros profissionais, tão competentes e necessários quanto eles no contexto de saúde.
Simplesmente o autor novelesco parece estar alheio a tudo, dando cada vez mais destaque ao médico na novela, insistindo em colocar o sujeito como o centro das atenções e fazendo o público ouvir exaustivamente frases ridículas como:

“Só médico entende esses termos” (Será que ele nunca ouviu falar em fisioterapeuta?)
"Médico não tira férias, vai a congresso" (Que ilusão...)
“Tem que estudar muito para ser médico” (Só para ser médico tem que se estudar muito? Será?)
“Um médico não para de estudar nunca” (Só o médico? Para não ser um profissional medíocre não se deve parar de estudar nunca!)
“Eu posso, eu sou médico” (Que poder é esse?)
“Médico não tem tempo pra nada” (Que mito! E os jornalistas?)
“Ele é médico, ele sabe o que fala” (Todos os médicos sabem o que falam? Tem certeza? Só acredito se você for médico!)

Com todo respeito aos médicos, inclusive a muitos queridos amigos meus, alguém diga, por favor, ao Manoel Carlos, que só em suas novelas os médicos sabem tudo. Ninguém sabe tudo! Nem Albert Einstein ou Sigmund Freud. Ninguém!
Manoel Carlos tem que conversar com João Ubaldo Ribeiro*, que em seu novo romance, “O Albatroz Azul”, escreve um interessante e inteligente capítulo, onde tem, entre outros personagens, uma parteira e um médico.
A medicina tem que sofrer um abalo, ser reciclada, pois do contrário certamente esta ciência ortodoxa estará falida. O povo está acordando, conhecendo o viés da indústria farmacêutica, entendendo que a saúde é reflexo do alimento e que a qualidade de nossas emoções e sentimentos trazem conseqüências ao nosso corpo físico.
As novas tendências da medicina estão aí, mas nem todos os seres endeusados médicos estão acompanhando.
Cada vez mais encontramos pessoas buscando outros meios de tratamento. Talvez seja por isso esse desejo de dar mais poder ao médico com esse projeto de lei, por saberem que boa parte da ciência médica ainda se refere a uma visão arcaica e ultrapassada do humano, carente de reformulações, que não está acompanhando justamente a evolução das descobertas e que muitas dessas descobertas ainda estão respaldadas somente e absolutamente no equivocado método científico, o método ocidental.
O paradigma ocidental tem como base as noções de validade, controle, predição, neutralidade, num laboratório artificial e controlado e procedimentos experimentais que possam garantir um processo livre de contaminação proveniente dos processos subjetivos. É uma empresa praticamente alienada aos processos sociais, econômicos, culturais, políticos e ideológicos. Para tornar algo “científico” é necessário passar por um crivo rigoroso. Certas verdades sutis se perdem nesse processo, pois não conseguem dar conta de serem mensuradas pelas bases do paradigma ocidental
A medicina não trabalha com a subjetividade, aspecto essencial para o tratamento de qualquer coisa quando falamos de ser humano, ser tão complexo.
Torna-se impossível, neste momento, conceber a subjetividade dentro das perspectivas científicas ocidentais, tendo em vista o nível em que esses paradigmas científicos ainda se encontram em pleno século XXI. Concordando com Edgard Morin, percebo que o momento vivenciado é mesmo o da pré-história do pensamento Humano.
Algumas pessoas ainda estão fixadas em suas idéias e fantasias infantis e dão a impressão de que não cresceram, não transcenderam. A visão que o novelista tem dos médicos é no mínimo infantil, direito dele, mas que não faça o povo brasileiro engolir isso.

Muuuuuuito bom: *João Ubaldo Ribeiro. O Albatroz Azul. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

Por Cintia Liana

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Todo psicólogo é louco? Não se iluda. Nem um pouco!

Foto: Google Imagens

“De médico e louco todo mundo tem um pouco”. Essa frase é bastante conhecida e se extendeu aos psicólogos porque vinha dos psiquiatras, profissão afim. Freud também disse “de perto ninguém é normal”. Concordo e nem gosto da palavra normal.

Mas daí, inventaram de repetir a asneira que todo psicólogo é meio doido. Nada contra os loucos, mas verdade seja dita, ficar falando isso de forma desqualificatória, descuidada, jocosa e pejorativa é, no mínimo, tolice.

Muitas vezes um louco é bem mais lúcido que um pseudo equilibrado que se intitula "normal".

Normal? Que palavrinha mais medíocre e seu conceito é bem arbitrário. Nunca quis ser normal.

Outra confusão é a idéia contrária. Achar que um psicólogo é incompetente em seu ofício só porque é espontâneo em seus momentos de lazer.

Acontece que ao invés de repetir asneiras diversas, porque não questionamos a repetição e o que estamos falando?

Normalmente as pessoas, formadas em psicologia, percorrem um caminho que envolve se submeter a processos psicoterapêuticos, ver e estudar a doença mental de perto. Aprendem que enxergar que por trás das melhores aparências podem morar histórias bem mal resolvidas, ter a certeza de que todos nós maquiamos a realidade e que sonhos são verdadeiros “mapas da minha”.

Sabemos que nada em nossa vida passa despercebido, que nada é tão simples e que não esquecemos absolutamente nada, nós guardamos em alguma gavetinha do nosso inconsciente, com uma plaquinha do lado de fora indicando que tipo de sentimento se refere àquele material guardado.

O ser que estudou psicologia com afinco e mergulhou em suas profundezas de alguma forma ou com algum trabalho transpessoal direcionado, tem a certeza de que entre o céu e a terra há mais mistérios do que a nossa vã filosofia é capaz de imaginar, assim como disse o grande gênio Shakeaspeare.

Portando, por esse saber e entender, esse indivíduo psicólogo pode ver a vida de forma um pouco diferente. Louco? Não, nem um pouco! Ele só tem uma tendência e ter relação mais estudada com o externo, observa o contexto por uma ótica mais científica, mais requintada digamos, treinada, como se usasse uma lupa imaginária. E quando esse psicólogo deflagra algo que um alguém não quer ver ou não concorda, então esse alguém se rebela, pois não queria ter consciência daquilo. Natural, é difícil se encarar.

Esperam que ele seja sério, concentrado, sorria contidamente, fale com clareza, não tenha dúvidas sobre nada, muito menos problemas pessoais. Será que existe alguém assim? E se ele é muito sério no lazer ou muito exigente em seus gostos pessoais o chamam de chato.

Costumam exigir um equilíbrio inexplicável dos psicólogos ou acham que todos são meio loucos. Eles não podem ter falhas? Isso significaria falhar em seus consultórios? Um médico não pode ter problemas de saúde, um economista passar por uma crise financeira ou um advogado sofrer um processo?

Psicólogos podem sim, ter dúvidas e problemas, mas o que vai diferenciá-los talvez das outras pessoas é a forma de resolvê-los, entendê-los, solucioná-los e manejá-los. Ser psicólogo pode facilitar, mas ele continuará sendo humano, cercado de outros humanos que constroem a vida com ele.

Será que dá para olhar uma pessoa alegre, em seu momento de lazer e só porque ele é psicólogo dizer: “Esse aí é meio maluquinho para ser psicólogo”?

A pessoa que faz esse “diagnóstico” com um CID* inventado na hora compara a alegria e a espontaneidade à loucura e ainda julga esse estado humano como incompatível com a profissão desse alguém, como se este alguém estivesse atuando como psicólogo 24 horas?

Além do mais, aprendemos na faculdade que o que faz de nós capazes de sermos um psicólogo com excelência e ter a capacidade de empatizar é justamente  sermos humanos e provar das mesmas delícias e dores que qualquer um que vem até nós pedir ajuda. No consultório, vestindo a “função”, treinados e munidos de teoria e sensibilidade é que vamos construir com o paciente um caminho de reconhecimento de tudo que é verdadeiro e que faz mais sentido para ele, e assim encontrar saídas em busca de  amadurecimento.

No geral, as pessoas insistem em duvidar dos outros. Costumar duvidar da capacidade tecnica de um psicólogo, julgando-o em seus momentos de lazer, pode significar “jogar a toalha” e dizer, “nunca farei terapia, não posso confiar num psicólogo, que é humano igual a mim”. Na verdade essa atitude mostra que você já duvida do humano mais importante: você!

*CID – Código Internacional de Doenças. Cada doença tem um código de identificação, que consta num livro (Manual).

Por Cintia Liana

Foto: Google Imagens

E por falar em julgar lúcidez e loucura, Clarice Lispector novamente me surpreende, "puxa-me pela mão e me mostra outra coisa linda que compôs":

"Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda pra sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta-própria e auto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa".

Foto: Mônica Montone Por Rogério Felício

Dentro do mesmo assunto, lembrei de um texto de uma grande amiga, *Mônica Montone:

..."Não acredito em Arte que não transforma, nem acredito em terapia que não atue no campo da mudança, mas na área das explicações causais. Assim como não acredito em boas intenções sem segundas intenções, tampouco loucura reluzente em néon na testa de qualquer careta que se diz doidão.

O verdadeiro louco, para mim, é o bufão, o louco do Tarot. Aquele que tudo sabe e nada diz. Aquele que aprendeu a olhar, mergulhar e conviver com seus dramas. Aquele que sabe usar a palavra certa para cada tipo de ouvido. Aquele que quer ir para o norte e vai, sem desviar, mesmo pegando atalhos. Aquele que sabe o momento exato de se calar. Aquele que sabe que as agressões nada mais são do que incapacidade de lidar com medos e frustrações e por isso espera, calmamente, o tempo do outro de chegar à leveza. O que diz coisas duras, sem perder a ternura jamais.... O que descobriu um caminho para a transformação do metal em ouro e gentilmente convida o Outro para um passeio pela mesma floresta... O que não pretende responder nadar, saber nada, mas, sentir e perceber tudo.... Não o candidato à vaga de artista só para demonstrar que é contra o sistema, para sair do anonimato ou para comer alguém...

Sei que é um trocadilho infame, mas, acredito que Arte não se faz com arte [leia sapequice].... Se faz com calma, alma, sangue, sublimação e anseio de transformação..."...

Lucidez e loucura, conceitos socialmente complicados, misturados com *preconceitos, medo de conhecer e preguiça de pensar.

*Preconceito (Dicionário Houaiss) - 1. Julgamento ou opinião concebida previamente. 2. Opinião formada sem fundamento justo ou conhecimento suficiente.

Por Cintia Liana

sábado, 21 de novembro de 2009

A verdadeira inteligência



Em nosso olhar moram certezas, dúvidas, desejos, mágoas, alegrias, expectativas, e isso "contamina" o que é olhado. Dos nossos olhos até a imagem existe uma distância enorme, a distância do que se processa dentro do ser pensante. O que captamos e como captamos, uma imagem ou situação, está contaminada com uma série de preconceitos, com uma visão do que é moral, amoral ou imoral que é nossa, adquirida ao longo de nossas vidas, baseadas em nossos valores, aprendizados, costumes, hábitos familiares, da comunidade, da sociedade e cultura em que estamos inseridos e trazemos crenças e formas de pensar que às vezes ultrapassam gerações e gerações. O jeito de vivenciar e manejar aquela tal situação pode não passar de mais um ítem do repertório intergeracional familiar.
O Construcionismo Social tem uma excelente frase: “O olhar do observador deforma a realidade”. Tudo o que nós vemos está contaminado com nossas próprias referências e crenças, que às vezes arrastamos por décadas.
Aquela pessoa que você tinha certeza de que era louca, outra que era boba, ou ingênua, será que era mesmo? Ou ela era quando estava com você, que a fazia sentir-se assim? Pois é, comece a perguntar e perguntar sempre, caro amigo. Nunca é demais ter essas dúvidas.
Às vezes a gente funciona da forma que o outro espera e nem percebemos. Lindo isso! Isso é ser humando, é ser gente, ser cheio de dobraduras e possibilidades.
Penso que o ser humano inteligente é o que questiona, que quer ver além dos horizontes impostos por normas e códigos de conduta.
Precisamos abandonar o pensamento tradicional e desenvolver um pensamento pós moderno, pensamento este que entende que o ser humano tem capacidade de abarcar sistemas que são móveis e esse espaço é atemporal e ilimitado e demanda e permite um pensamento híbrido, abertura e transformação em todos os setores da vida.
O pensamento conquistado na pós-modernidade é o pensamento “transdisciplinar, transparente, que lida com a possibilidade do ser-e-não-ser e com as infinitas cores do jogo de luzes de um caleidoscópio”. (WEBER)
Fluidez paradgmática é outra característica do pensamento pós-moderno, o que não mais permite a postura maniqueísta e parcial, pois existe uma gama de solicitações existenciais. É preciso ajustar o velho com o novo e adquirirmos equilíbrio nesse momento de revolução paradigmática.

Por Cintia Liana
- Papai, inventei uma poesia.
- Como é o nome?
- "Eu e o sol".

Sem esperar muito, recitou:
- "As galinhas que estão no quintal já comeram duas minhocas, mas eu não vi."
- Sim? Que é que você e o sol têm a ver com a poesia?

Ela olhou-o um segundo. Ele não compreendera.
- O sol está em cima das minhocas, papai, e eu fiz a poesia e não vi as minhocas...

[Clarice Lispector – Perto do coração selvagem]

Lispector ainda diz: ""Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido". Ela é perfeita. Mente livre. Isso é ser inteligente!

Quanto mais abrimos nossos horizontes, mais nos tornamos inteligentes para perceber o mais sutil. Para mim, inteligência é a capacidade de enxergar e entender o que os outros nem imaginam que exista.
Em tudo mora um mistério.

Por Cintia Liana

Coisas de mim


Irene Lamprakou

Esses últimos dias estive com uma vontade imensa de escrever. Sempre gostei, mas desta vez foi especial, uma vez que desejei dividir de uma forma aberta, num blog. Dividir idéias, reflexões, anseios, inquietações, questionamentos que nos levam a ir além das aparências. Contudo estive relutante. Por vezes uma enxurrada mental de textos, temas, seguidos de um medo de colocar em prática, organizar. Parei para sentir e vejo que flui.

Verdade é que quando lemos ou escrevemos nos tornamos mais perto de nós mesmos.

Explico minha tese. Ao lermos, brota a imaginação de forma mais consciente. Produções imaginárias que mostram um pouco do que nós somos.

Quando escrevemos, produzimos material que vem de nós mesmos. Isso dá medo, porque nos mostra um pouco de nós. Mas é uma forma de renascer. Não qualifico como algo bom ou ruim, isso seria subestimar muito e simplificar esse resultado, esse conteúdo pessoal, esse processo. Digo que é difícil, porque qualquer coisa que nos mostre um pouco de nós, verdadeiramente, causa impacto, transforma, nos leva ao velho e a todas as possibilidades do novo.

E esse “eu” que me reporto não é esse "eu” vagabundo, que “flerta”, dança, vagueia e se mostra o tempo todo. Esse “eu” que insisti em estar à frente de tudo não passa de uma máscara do ego que usamos para nos relacionarmos socialmente. Ele é chamado de super ego ou, pelos Junguianos, de Persona, máscara. Eu falo de outro, do “eu sou”, de um pouco do primitivo, do “eu” criança ou agressivo, daquele que não mostramos nem para nós mesmos diante do espelho. Esse “eu” aparece, ao menos uma pontinha, assim, de forma despretensiosa, quando escrevemos, pois falamos um pouco sobre a nossa forma de ver as coisas.

Antes de nascer eu ja havia escolhido não sofrer desse mal, do mal da alienação e da ignorância do auto conhecimento. Eu cresci lendo, fazedo terapia e foi assim que tomei o gosto pela psicologia. Graças a minha mãe, uma mulher super terapeutizada e engajada nesse meio.

Adotarei mais esse meio, escreverei! Dividirei, afinal, são longos anos de estudo, pesquisa, terapia e auto-análise. Não posso desperdiçar essa troca com amigos. Quero energizar e ser energizada por “finas presenças”.

Falarei então de amores meus: arte, literatura, poesia, comportamento, psicologia, música, cinema e o que mais me der inspiração.
Sejam bem vindos ao meu espaço. Ao nosso.

Por Cintia Liana

******* Aproveito para dar notícias. Estou no Brasil atendendo alguns pacientes na clínica da Barra, mas passarei dezembro na Itáilia. Antes de viajar visitarei meus afetuosos ex-alunos da IBIS, "finas presenças" em minha vida. *******

******* Boas vindas a todos, família, pais, irmãos, tios, primos, amigos, pacientes e pessoas que conheci em minhas palestras, entrevistas em rádios e TV e que se tornaram parte importante em minha caminhada. Cara Tâmara, vc é parte disso. Lembra que vc me ouviu a primeira vez na Rádio Metrópole em 2003? rsrs *******

Obrigada por existirem em minha vida. :)