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sábado, 14 de janeiro de 2012

Quem eu sou


É tão interessante a óticas das pessoas. Tenho amigos de todos os jeitos, procuro não julgar, só prezo pela honestidade. Interessante é o que eles acham de mim. Tem uns que me acham simples demais, acham que "não tenho cara de baiana", que não tenho a ver com o lugar que eu valorizo e tenho orgulho de ter nascido. Tenho também os que me acham metida, pensam que não gosto e não aceito o lugar onde nasci e cresci.
Começo a achar que sou um ser bem difícil de compreender. Se não me olharem com aceitação e sem querer achar rótulos fica difícil mesmo, é assim com todo mundo.

Nessa história de ser de um lugar tão estigmatizado e turístico, cada vez mais faço questão de saber diferenciar bem a cultura popular da cultura de massa. Diferenciar a simplicidade do mau gosto.

Ter sensibilidade para apreciar a subjetividade de toda estética é necessário. Não encaixar em nossos próprios padrões de pré julgamentos é interessante, cria um mundo novo diante dos nossos olhos.
Voltando para a Itália entendo que em minhas veias também pode morar o sangue europeu que herdei de alguns bisavós, mas sinto o quanto sou brasileira, mais que isso, sou baiana, sou mesmo de lá.

Sou feita das palavras de Jorge Amado,
constituída pelas canções de Caymmi,
pelas poesias de Castro Alves.
Dos 8 aos 18 morei nas "tardes de Itapuã",
nos meus pés e na minha cintura moram o samba do recôncavo,
o ritmo do meu caminhar tem o som e o toque do atabaque e do bongô.
Sou boa de ginga e na capoeira não me desafie.
Cresci cantado.
Sou a mistura de Pedro e Walkíria,
mulher de Paolo, o mais novo ítalo-baiano,
eu sou assim.
Posso estar aqui,
posso me adaptar,
posso rodar o mundo,
mas meu ritmo eu sei qual é e sei valorizar,
eu sou menina baiana e esse brilho ninguém pode me tirar.
E tem mais: só quem é simples sabe enxergar.
Na fantasia de cada um eu posso ser o que elas quiserem,
mas eu tenho direito de ser e viver quem eu sou.
...E continuarei caminhando, descobrindo, transformando e sendo Cintia Liana.

Por Cintia Liana

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O que é feio

Tumblr

Medo, medo, medo, medo. Medo todos nós sentimos em algum momento, não adianta negar. Tem gente que tem tando medo que até chega a ter medo da palavra medo ou até de admitir que o sente.

Medo faz parte do instinto de sobrevivência do ego humano e não é vergonha nenhuma sentí-lo. Às vezes é até sinal de inteligência, pois indica perigos, nossos limites. Não somos infalíveis, nem super heróis e nem temos a obrigação de ser.

É muita vaidade e orgulho negar o medo. Não há problema nenhum em sentí-lo, assim como também não há problema em sentir raiva, a diferença é que o homem sábio sabe muito bem o que fazer quando os experimenta e procura refletir sem receio e sem alimentar máscaras.

Feia é a covardia na recusa do auto conhecimento. Feia é a pretensão e a burrice da vaidade. Feio é a falta sinceridade. Feio é a falta de conhecimento. Feio é a falta de simplicidade.

Por Cintia Liana

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Tolerância e mudança

Google Imagens

Como dizia Sai Baba, mestre espiritual da Índia, “seja tolerante com os erros alheios e cruel com os seus próprios".

Ser tolerante traz sensação de paz. Na medida em que você sente que tem seu tempo para entender e mudar as coisas dentro de si mesmo, tem também a percepção clara de que os outros são assim igualmente. As pessoas mudam, enxergam, até aquelas que escolhem não mudar com esta nova persepção.

Conhecendo a si mesmo entenderá o mundo, o caminho das pedras está no conhecimento da nossa própria subjetividade. Bem assim. Quem somos nós para exigir que o outro veja, que o outro mude? Cada um com o seu tempo e forma de crescer. Quem é psicólogo precisa entender isso o mais cedo possível ou fica louco vendo os erros alheios dentro de um consultório.

Não querer provar nada a ninguém dá sensação de felicidade, realização, completude e tranquilidade.

Mas ser tolerante não significa ser permissivo, submisso e aceitar ofensas. Tolerância é não ser propotente, autoritário, é não querer estar no controle, é não levar tudo como uma ofensa pessoal. É não querer competir, medir força ou influência, querer ensinar há todo momento, é estar em paz, não querer provar nada ao outro.

É fundamental buscar ser tolerante ao extremo para viver em paz comigo mesmo e com os outros, trabalhando o senso de valor antes de tudo consigo mesmo.

A psicologia sistêmica mostra e prova que quando mudamos a nossa forma de nos relacionar as pessoas respondem de modo diferente, algo no mundo já muda em relação a nós. Então comece.

Um felicíssimo ano novo para todos nós!

Por Cintia Liana