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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Aceitar os mistérios da mente


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Se não conseguimos aceitar o que dizem as teorias psicológicas nunca poderemos entendê-las. Se trata de uma ciência subjetiva e magnânima, a psicologia.
 
Devemos aceitar que existem mistérios e que eles podem ser explicados, explorados, independente do que sentimos ou do que achamos, independente do medo do conhecimento da profundidade da alma humana, independente do medo de mergulhar em nossas marés contraditórias e amargas, independente dos nossos fantasmas, da resistência em crescer e olhar o mundo com mais compromisso, seriedade, respeito ao próximo e, sobretudo, a si mesmo.
 
Cintia Liana

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Non esiste il "portoghese di Brasile"

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Non esiste una lingua chiamata "brasiliano", neanche il "portoghese di Brasile". Insistere in questo argomento è ignoranza. Esiste una sola lingua che si chiama "portuguesa", parlata di modo giusto, tanto in Portogallo come in Brasile. Quelo che cambia è l'accento o qualche espressione, ma la lingua portoghese è una sola.

Scusate se sembro aggressiva, ma è che ascoltiamo delle cose incredibili. No, il Brasile non è come l'Africa, là non parliamo spagnolo ed i neri non sono la maggioranza. È sempre stato un Paese ricco, la medicina, l'informatica sono molto avanzate, di più di molti Paesi europei. Le riviste qui divulgano molte bugie.
Il portoghese è una lingua complessa ed in Brasile è stata arricchita con le lingue di altri popoli.

Quando impariamo in Brasile la nostra lingua a scuola lei si chiama "língua portuguesa", e non è una sottolingua. C'è la stessa profondità del portoghese antico di Portogallo, anzi, noi in Brasile usiamo ancora tempi verbali che in Portogallo non usano più in generale, come ad esempio il caso del condizionale, che là di solito cambiano per l'imperffetto.

Quindi il "portoghese di Brasile" forse "esite" solo per lo straniero, che deve imparare l'accento, ma per noi questo non esiste, esiste solo la "língua portuguesa".

Ho amiche portoghese con cui parliamo la "mia stessa lingua"; sono andata a Lisbona e ho parlato la "loro stessa lingua"; sono citata in tesi portoghesi per mio lavoro "nella mia lingua"...

E dopo spiegare tutto questo c'è gente che ancora non mi crede!

Che palle...!

Cintia Liana

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Busque boas amizades

As amigas do "Sex and the city"

A vida é muito bela e deve ser vivida com toda a nossa força e vontade de ser feliz, por isso não percamos tempo com pessoas mentirosas, imaturas ou com o que impede o nosso crescimento.

Não percamos tempo com um mentiroso, que é um ladrão, porque rouba do outro o direito de saber a verdade, mais que isso, muitas vezes se ausenta da realidade alimentando suas próprias mentiras para satisfazer o seu ego insatisfeito e mal educado. Ele é um invejoso fofoqueiro, que não passa de um desequilibrado, que muitas vezes se diz preocupado com um “amigo”, mas é um curioso e não mede consequências ao tentar se realizar e se deliciar falando mal da vida dele, fazendo confusão com tudo.

Ele vai sempre inventar mentiras para achar que está no mesmo nível que o teu, mas ele é um coitado, não só por ser cruel, mas por não conseguir se realizar, não conseguir enxergar os outros como eles são, por medo de ver sua própria pequenez. A felicidade e o valor das outras pessoas é uma ofensa aos olhos dele, que só procura ver o que não é bom. Ele só consegue encontrar prazer maldizendo, perdido em sua própria insignificância e pobreza de alma.

Não há porque cultivar amizade com pessoas com essa educação e esses vícios. Busque ler, estudar, trabalhar, conhecer suas falhas, crescer, se realizar. Rompa os laços com pessoas amargas, frias e pobres de espírito, com pessoas que não estão em teu nível de consciência, com pessoas que te fazem mal, que trazem discórdia. Se você sabe quem você é de verdade procure estar ao lado de pessoas realmente boas, o resto não importa. Assim nada pode te fazer mal e nada pode tirar tua tranquilidade. Afinal, não temos a obrigação de fazer ninguém crescer, sobretudo aqueles que não querem, que não nos valorizam e nem nos respeitam. E acredite, existem pessoas felizes, boas e bem resolvidas no mundo! Se aproxime delas.

Cintia Liana

Se afastando do falso amigo curioso e leviano

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Quando uma pessoa emocionalmente honesta se afasta de outra não é por prazer, quando o faz é com tristeza, mas com o intuito de se “proteger”, de se preservar, por amor próprio, para se sentir livre de algo que a aprisiona e que a faz mal.

Uma amizade não deve ser por conveniência, obrigação ou curiosidade, nem deve causar mal estar. Uma amizade deve existir quando duas pessoas se sentem bem nutridas com a presença do outro na vida dela.

Não sei ser falsa amiga, não tenho curiosidade sobre a vida de ninguém e nem vivo julgando meus amigos por nada, por isso preciso de amizades inteiras, que me nutram do que é bom, assim como procuro nutrir quem eu quero bem, mas quando não sou correspondida meu amor próprio fala bem mais alto e é assim que um ego saudável deve ser.

Talvez seja por ter essa consciência e, consequentemente, adotar essa postura respeitosa que eu tenha grandes e bons amigos.

Cintia Liana

sábado, 6 de outubro de 2012

Livro Fina Presença

Capa do Livro Fina Presença da psicóloga Cintia Liana

Agradeço a quem pediu, aí está o novo livro do blog "Fina Presença" disponível para compra e visualização neste link: https://www.agbook.com.br/book/134081--Fina_Presenca

Fina Presença. Psicologia, Consciência e Arte

Este livro traz a coletânia dos textos, frases e pensamentos mais lidos do blog Fina Presença.
Se trata de uma adaptação para que os leitores do blog possam levar as doces e lúcidas palavras da psicóloga Cintia Liana aonde quer que seja e ainda presentear como modo de motivar quem se gosta a refletir sobre os aspectos apresentados, como a importância e o caminho do autoconhecimento, a consciência, a arte, o amor, a felicidade e a vida.
Após tantos pedidos, os textos foram todos organizados, revisados e reunidos neste livro.
Aproveitem a fina leitura.

sábado, 22 de setembro de 2012

Histórias, paisagens e biscoitos franceses

Cintia Liana em Aix-en-Provence, França

Por Cintia Liana Reis de Silva

Estar na França é como estar dentro de um conto de fadas, assim como na Itália. Conhecendo as paisagens, também se pode entrar em contato direto com histórias vividas por grandes homens como Nietzsche e Saint-Exupéry.

Se come muito bem no interior da França e o jeito se assemelha muito ao brasileiro do norte. São pratos simples, carnes com caldo, temperados com alho ou cebola, sem muitos condimentos, que no final das contas só servem para esconder o sabor do alimentos. Por exemplo, o sábio e antigo povo romano usava essas ervas e temperos justamente para isso, não só para dar um pouco de sabor aos pratos, mas também para esconder os gostos forte de alguns alimentos que poderiam estar se estragando pela falta de refrigeração, no caso dos produtos perecíveis.

Os franceses do interior comem também muita comida italiana, massas, pizza, pães, mas não ficam só nisso, se você quiser eles colocam arroz acompanhando o prato, por exemplo, o que seria difícil encontrar na itália.

Eles dispõem de alguma variedade internacional, sem se apegar tanto às origens, querem agradar o paladar de todos e são muito educados e gentis, sem a presunção que demonstram um pouco os franceses parisienses.

A França é cheia de surpresinhas. “La Cure Gourmande” é uma famosa “boutique” de biscoitos originária de Paris. Sem contar as cores gostosas do doce chamado Macaron”, que está em muitas fotos fomosas da internet por causa de seu efeito delicado com as cores.

Estávamos em Aix-en-Provence, na Provença, passeando e entrei para ver as latinhas e os biscoitos famosos, mas como meu marido adora doces, saímos com duas sacolas. Uma delas para presentear, pois não somos tão gulosos. Eles vendes as latinhas típicas para armazenar os biscoitos de todos os tipos, formas e sabores mais refinados.

Aproveitei e comprei mais algumas coisas de frio para a minha filha que nasce no inverno aqui na Itália. Na França tem lojas lindas para bebês, tudo muito clean e refinado.

Só passando alguns dias na França para entender o quanto temos de francês no Brasil do norte. Várias palavras, expressões, cultura, jeito de pensar, culinária...

A França é belíssima e vocês não podem deixar de conhecer não só Paris, mas sobretudo a “Cote D’Azur”, com praias azuis incríveis, que se parecem com a Costiera Amalfitana, na Penínsola Sorrentina, na Itália. A cidade grande mais linda que vi foi Nice e a pequena foi o Vilarejo Medieval de Eze, na montanha. Não posso deixar também de falar da emoção em ver “Le Calanques” na cidadezinha de Cassis, um espetáculo da natureza.

Vale a pena percorer de carro várias praias, mas a parte mais bonita, sem dúvida, é entre Nice e Monte Carlo, que não deixam nada a desejar para Cannes e Saint-Tropez. As pessoas passeiam de carros conversíveis, as mulheres chiques de chapéus antigos que fazem lembrar os anos 40 em diante. Já Monte Carlo, em Monaco, é uma desfile de moda e de Ferraris de todos os tipos.

De todo modo, estar na Costa Azul mais parece estar dentro de um belo filme, onde a crise não chegou.

Por Cintia Liana

domingo, 16 de setembro de 2012

Questionar o que somos


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Questionar os nossos gostos, o nosso bom gosto, o nosso mau gosto, as nossas escolhas, é sempre buscar ser melhor, é ser dono da nossa vida interior, dos nossos resultados e não simplesmente ser refém da cultura, do comércio e da herança familiar. Questionar o que falamos, o que compramos, o que usamos, o que ouvimos, aonde andamos, o que dispensamos, o que não ouvimos ou enxergamos, os nossos gestos e comportamentos, os nossos pensamentos e sentimentos. É uma forma de buscar ser livre e encontrar o refinamento espiritual. Ninguém precisa estar preso ao lugar de onde veio ou onde se vive, precisa ter a mente livre e desenvolver criatividade e inteligência para enxergar novos rumos e novas possibilidades.

Cintia Liana

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Fan Page "do Fina Prensença" no Facebook

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Para participar da fan page no facebook e acompanhar as novas postagens de lá é só clicar e curtir:
https://www.facebook.com/#!/pages/Cintia-Liana-Fina-Presen%C3%A7a/226877110679949

Aprendizados na estrada do ser feliz

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É uma tarefa muito difícil, mas demasiadamente necessária na vida, aprender e exercitar o sentimento de dar a devida importância e o devido respeito às pessoas e, ao mesmo tempo, não nos preocuparmos com o que elas pensam de nós. Um dos aprendizados mais importante na estrada do ser feliz.

Cintia Liana

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sou uma pessoa de muitos amigos

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Por Cintia Liana Reis de Silva

Sou uma pessoa de muitos amigos, e verdadeiros. E nada tem de negativo nisso. Se eu dou eu recebo na mesma qualidade. Porém, sei identificar quem não os são.

Sei quem são aqueles que me usam somente como alvo de críticas para se sentirem melhor. Quando estamos com eles nos sentimos ameaçados, desrespeitados, bombardeados por uma sequência de críticas e julgamentos sem sentidos, de coisas que eles querem acreditar. Não conseguiram se encontrar, não conseguem ter um diálogo com suas próprias necessidades, sua sombra e sua luz, então também não conseguem estabelecer com os outros uma relação de amizade e amor verdadeiros e sadios. Os amigos leais que conquista estabelece mais uma relação de interesses e conveniência, de dependência. E se você se afasta ela acredita que você as usou, porque se veem boas, dispostas e acham que tudo é baseado no interesse, não enxergam que elas decepcionam quem as conhece.

Saber das nossas vidas é uma espécie de esporte para elas. Elas não se preocupam conosco, são somente curiosas, e gostam de saber mais é dos problemas, o nosso sucesso não tem muita importância, porque suas vidas são pobres e elas querem ter a certeza de que a dos outros é pior, que a delas é mais interessante e rica.

Não se aproxime e se se aproximar procure se afastar e fechar bem essa relação, mesmo que elas tenham algumas qualidades e que você nutra algum tipo de relação de dependência afetiva, o que é bom você descobrir os motivos dessa certa dependência.

Pessoas que vivem assim são perigosas e infelizes e estão longe de enxergarem isso. Elas precisam criticar para se sentirem menos amarguradas na vida, e o nosso sucesso e beleza as incomoda de modo terrível. Elas fazem intrigas e falam mal dos seus "amigos" a seus outros "amigos". Quando você os encontra dá para sentir que eles estão envenenados contra você e até chegam a fazer comentários maldosos a seu respeito e até provocações veladas e inconscientes.

Essas pessoas podem até fazer um certo esforço para nos aceitar e admirar, mas não conseguem, a inveja sempre é maior, porque a relação que elas têm como elas mesmas é adoecida, assim seremos sempre uma ameaça ao seu ego ferido, a sua auto imagem frágil.

Se você falar algo para que a relação mude de sintonia ela se volta contra você, porque quer acreditar que você é quem tem problemas, ela não tem nenhum, quer acreditar que você é que é frágil e muito sensível. Na realidade é porque está acostumada a viver assim, de modo doente, vive em seu próprio conto de fadas sombrio.

Mas me atenho a meus amigos leais, esses sim, os conheço bem. O elogio e a aceitação são marcas registadas. Quando eles sabem de algo que não é bom sentem muito pela notícia. Falam bem de nós a todos e procuram ver mais o que é bom em nosso caráter. Reconhece o que pode não ser bom, mas isso tem pouca importância, pois a amizade é baseada no que nos identificamos de positivo.

Eles têm todas as formas, cores, modos de ser, profissões e estilos de vida. A admiração e o amor que sentimos um pelo outro é algo bem bonito e gratificante, mas o que nos faz de fato tão pertencentes é o exercício do respeito e a capacidade de empatizar com as qualidades.

Cintia Liana

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Eu gosto de entender os mistérios

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Por Cintia Liana Reis de Silva

Não perco tempo com nada que pretende me ensinar a educar, que molda, encaixa, limita, doutrina, estigmatiza, formula e que pensa que seres humanos são adestráveis. Que acham que respondem a perguntas. Isso é o que eu chamo de pobre: o elementar.

Livrinhos de auto ajuda nunca li, fazer terapia é muito mais desafiador e nos exige mudança real. 
Do que serve gostar de flores se se vive em uma gaiola? Por mais bela que seja a gaiola, não há nada de bom nisso. Todo o resto do mundo tem muito mais belezas a serem descobertas.

Gosto do que é rico, ou seja, que ensina o caminho da educação e assim nos dá alguma base para entender o que é educar, do que vislumbra a dialética, do que estimula a novas perguntas, preparando para o encontro com as respostas mais gostosas e menos imaginadas.

Gosto do que me faz pensar e do que me leva a outras realidades antes impensadas, com uma linguagem nova, me trazendo boas dúvidas e poucas certezas. A resposta dos outros pouco me importam, eu curto é o caminho que me leva às minhas próprias.

Tenho pena do normótico, do normal, igual, tradicional, regrado, limitado, aprisionado, do clichê. Mas adoro o inusitado, o transcendental, original, desigual, transpessoal, do lúcido que sabe o que é ser “louco”, de todas as cores e novas formas do caleidoscópio.

Eu amo o inteligente, o que tem a capacidade de me fazer duvidar de tudo e assim me fazer ter a gana de mudar e nunca deixar de desejar crescer.

Não se trata somente de não apreciar o “não acredito”, mas de não ver nada de mais no “eu acredito”, porque simplismente “eu tenho fé”, curiosidade, não me contento com pouco, estudo, duvido, procuro mais ainda e creio no que é difícil de compreender, sobretudo no que eu ainda irei descobrir e entender, algo que os "normais" ainda nem imaginam que exista. O mistério é o que me interessa, o invisível, o difícil de enxergar, o resto é pouca bobagem.

Cintia Liana

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A evolução e a involução das expressões

Juliana Paes como Gabriela

Eu e meu marido assitindo o novo Remake de Gabriela aqui na Itália, ele pergunta tudo, sobre todas as expressões antigas em português do interior, e aí vamos descobrindo coisas muito engraçadas. Por exemplo, vcs já pararam para pensar no que significa "Teúda e manteúda"? É um termo dito de maneira errada, vem do latim, que quer dizer em italiano "Tenuta e mantenuta", em português deveria ser "Tida e mantida", a mulher que serve só a um homem e é mantida por ele.

Tem outras expressões que, pensando bem, não têm muito sentido, mas nós criamos o significado bem claro ao longo do tempo. As palavras vão mudando, tomando outra forma e quando a gente vê já é dita de maneira bem curta e fica sem sentido pra quem não viveu a construção daquele significado. O português original vai se perdendo e se criam outros signos. Enquanto isso, brincar com as palavras é bem divertido.

Cintia Liana

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Intelligenza per vivere la propria vita

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Avere creatività ed intelligenza per vivere la propria vita è molto piú dificile, però molto più costruttivo di guardare e dare opinione, di solito stupide ed ignoranti, nella vita degli altri. Me hanno già visto dando opinione o criticando? Preferisco studiare, scrivere, lavorare e amare.

Por Cintia Liana

A confiança deve estar em você

Foto: Merilyn Moroe

Quem me substima só me fortalece.
(Cintia Liana)

Aqui entre nós, um pequeno segredinho, quem me substima nem sabe que só me fortalece.
Sinceramente eu não preciso provar para ninguém o que eu posso ou não posso ser capaz de fazer, mas quando alguém acha que não sou capaz de fazer algo que sei e faço muito bem eu alimento dentro de mim um certo prazer em saber que posso e a pessoa nem foi capaz de entender ou de admitir, por algum problema que não é meu e nem quero que seja.
De que me importa provar o que posso ou não? O importante é que eu saiba, que eu tente, que conheça meus limites e possibilidades, que seja sempre criativa, ousada, motivada e otimista.
Mas se você ainda quiser sentir o gostinho daquela pessoa sabendo de teu sucesso, vou te dizer algo bem legal que a minha profissão de psicóloga me ensinou, a terapia ajudou, a minha escolha pessoal exercitou e a minha idade reforçou: no final, as pessoas sempre ficam sabendo das coisas, inclusive das boas, mesmo que elas não queiram. Um dia ou outro ela entenderá que só não quis enxergar o que você era, mas que isso não fez de você alguém menor. Quem tem que saber quem é você é você mesmo, não viva para os outros, saiba escolher tuas amizades, caso contrário, está perdido, porque você não deve esperar se encontrar através dos olhos, elogios, confirmações ou críticas alheias, esse é um segundo passo, é se reconhecer no que o mundo te dá de volta.
Não fique nas mãos alheias, não entre em competição, relaxe e viva a tua vida da melhor forma, que o resto vem. E como vem!

Por Cintia Liana 

[Se copiar cite o autor. Plágio é crime!]

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O amor dos homens maduros

Mandy Lynne

Definitivamente paixão não é amor. Paixão pode ser folia, impulsividade, possessividade, loucura, desejo, momento.
Amor é arte, porque é um sentimento bem mais elaborado, se precisa saber dar e sentir. É amor quando o que damos SÓ faz bem ao outro, é construção.
Só se consegue amar um outro quando se consegue amar e respeitar a si mesmo. É cuidado, delicadeza, respeito, dedicação, inteireza, disponibilidade, cumplicidade, confiança plena.
Amor é um sentimento dos homens maduros.

Cintia Liana

sábado, 5 de maio de 2012

Viver pode não ser uma guerra

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Hoje parece que viver é uma guerra. As pessoas estão tão mal educadas, frias, impessoais, cada vez mais, mas nós só entramos na guerra se quisermos. O importante é buscarmos estar bem, não entrar em competição e entender que já pode ser uma batalha pessoal o nosso verdadeiro crescimento. O confronto consigo mesmo é mobilizador, mas é a liberdade para tudo. Só assim poderemos ser bons pais e educadores. Só assim poderemos sentir o gozo profundo de não ter a necessidade de guerrear e simplesmente poder sorrir.
Cintia Liana

quinta-feira, 29 de março de 2012

Entrando em contato com a vida

Cintia Liana. Itália.

A grande maioria das pessoas passa toda a vida sem ter a mínima idéia de quem são de fato, do que as compõe, sem se olhar com cuidado.

Quando falamos sobre os nossos segredos, medos e dores exterminamos vários fantasmas. Quando damos nome a uma dor estamos prontos a escutá-la, trabalhá-la e superá-la.

Quando falamos sobre as nossas dificuldades pessoais vencemos barreiras e nos libertamos de prisões emocionais.

Encare os seus fantasmas, fale sobre eles, dê nomes e eles logo desaparecerão.

Admita, assuma com firmeza, deixe fluir o que há em você. Dê espaço para o que é bom chegar.

Escolha ser leve, escolha viver na verdade. Com o tempo se pega o jeito, com o tempo se toma gosto. A vida deve ser um prazer, mas se deve aprender a vivê-la.

A psicoterapia te possibilita ter nas mãos uma lente de aumento para enxergar a vida e as relações, é um mergulho na realidade.

A escolha do autoconhecimento é um pacto de crescimento. Nada pode nos levar para trás quando firmes escolhemos andar avante.
Cintia Liana

segunda-feira, 19 de março de 2012

Amar se aprende


Mandy Lynne

Não se nasce amando, isso se chama apego. Amar se aprende.

Cintia Liana

domingo, 18 de março de 2012

Dinheiro valioso


Filme "O cisne negro"

O dinheiro mais valioso è aquele reservado todo mês para pagar uma boa psicoterapia. Já o autoconhecimento não tem preço, com ele podemos conquistar todo o resto.

Por Cintia Liana

sexta-feira, 16 de março de 2012

Personalidade Forte

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“Quello che è chiamato comunemente “forte di carattere” non ha niente di forte, anzi là si nasconde la debolezza e l’illusione della vanità con la rabbia di un bambino ferito e infelice. Invece la fermezza, la coerenza, l’onestà consapevole con la dolcezza sì, significano forza, molta forza. Dobbiamo rivedere i nostri concetti e valori, approfondire lo sguardo”.

“Aquilo que comumente chamamos de "personalidade forte" não tem nada de forte, ao contrário, alí se esconde a fraqueza e a ilusão da vaidade com a raiva de uma criança ferida e infeliz. Mas a firmeza, a coerência, a honestidade consciente com a docilidade sim, significam força, muita força. Devemos rever nossos conceitos e valores, aprofundar o olhar”.

Cintia Liana

sábado, 10 de março de 2012

Brilhe!

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Lembre-se, você é livre para brilhar o quanto quiser, não sinta culpa de ter sucesso e felicidade, mesmo que o outro esperneie de raiva e medo do tua competência. Brilhe, brilhe com toda a tua força e vocação. Temos o direito de ser quem quisermos, temos o direito de ser especiais, temos o direito de buscar a nossa luz, mesmo que o outro se sinta na escuridão. Nós somos responsáveis pela vida que buscamos.

Cintia Liana

A dor falada

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A dor falada e entendida é uma guerra interna vencida.

Cintia Liana

Se copiar, cite o autor. Plágio é crime!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A importância do respeito na amizade


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Por Cintia Liana Reis de Silva

Não há algo mais rico para se dar a alguém que chamamos de amigo que  o sentimento de respeito. Não há nada de mais potente que a força do respeito.

Você pode não sentir amor, mas o respeito é sempre necessário para continuação sã de uma amizade. No sentimento de respeito habitam tantos componentes importantes, como a confiança naquele ser, no que ele representa. Pena que muitos indivíduos não têm noção do significado desta palavra, talvez porque durante o seu desenvolvimento em família não tiveram contato com esses significados essenciais. Mas nunca é tarde para aprender e mudar. Quando se é adulto se pode e temos o livre arbítrio.
 
Nesse mundo para se viver bem, ao lado de pessoas maduras e que valem a pena de fato, é preciso experimentar respeito e entender a função dele na manutenção dos vínculos.
 
Se você não pode oferecer respeito a um amigo, então não capaz de oferecer mais nada de saudável. Não há como gostar de uma pessoa se não a respeitamos, se não a admiramos, se não confiamos. Amor sem respeito não é amor, é conveniência.
 
Por Cintia Liana

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O nosso encontro

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Para o meu marido

Não te amo perdidamente porque o nosso encontro nos deu chão.
Não te amo loucamente porque o nosso encontro nos deu mais paz e equilíbrio.
Mas te amo infinitamente porque o nosso encontro nos enriqueceu coração e mente.
Te amo com certeza porque o nosso amor nos deu inteireza.

Por Cintia Liana

Se copiar, cite o autor.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A insegurança de quem é rígido

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Por Cintia Liana Reis de Silva

Desconfio de alguém muito rígido, rigoroso, moralista, aqueles de frases feitas, decoradas, cheios de clichês.

Desconfio daquele que é muito apegado a severos valores morais, como se eles precisassem ser escritos para serem lembrados, como se não estivessem introjetados. Tem medo de se perder no que decorou.

Daquele que leva às cegas o aprendido como certo e errado na infância sem contestá-los ou questioná-los, como se precisasse levá-los para a vida de modo pesado, se escondendo atrás de afirmações austeras e superficiais, por medo de ser castigado.

Daquele quem não é capaz de chegar a um meio termo, que não se dá um tempo para pesar, analisar.

Daquele que não tem coragem de flexibilizar, de tentar olhar nas entrelinhas, dos que nem sabem que elas existem. Dos que têm medo de se contradizer.

Daqueles que não têm segurança e humildade de dizer “não sei”.

Não precisamos ser radicais na certeza do bem se ele está enraizado e bem resolvido em nós, não precisamos ser rígidos em nossas justas opiniões se as aceitamos, se elas fazem sentido e se estão bem ajustadas em nossas vidas. Assim, elas também são passíveis de serem remodeladas, pois já foram compreendidas, sabemos como chegamos a estas conclusões.

Ser correto e honesto não está no que se diz, não está na nossa língua e não está somente na educação que recebemos. Um adulto precisa reformular seus valores e questioná-los para ser de fato consciente do que é virtuoso, é uma construção de valores morais internos, é um processo de entendimento evolutivo, é necessário uma séria dialética pessoal, com a própria vida e seus significados. É preciso se tornar adulto. Caso contrário, são meros mecanismos de defesa do ego.

Não ser rígido e imutável não significa ser frouxo. Quem é rígido está tenso é o contrário de ser sólido, de estar seguro e de conhecer quem se é, com sinceridade.

Por Cintia Liana

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A ignorância é o maior inimigo do homem

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A ignorância é o maior inimigo do homem. Ele se torna um prisioneiro da sua própria limitação interna, um prisioneiro de um mundo sem muros, sua mente é a sua própria gaiola. É muito triste um passarinho que não pode voar somente por sua incompetência no entender e no pensar.

Por Cintia Liana

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Atenção e apreciação

Cintia Liana

Precisamos estar atentos à nossa vida e apreciar a nossa caminhada.
Estar atento significa dar atenção, vigiar, ter cuidado. Apreciar significa estimar, avaliar, ponderar, considerar, julgar, gostar.

Por Cintia Liana

Não quero meios amigos, quero sinceridade absoluta

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Por Cintia Liana Reis de Silva

Algo importante a se  trabalhar nos dias atuais é a culpa por não procurar pessoas que vivem nos cobrando atenção, até aquelas que não nos dão nenhuma. Acontece que devemos estabelecer prioridades se achamos que nosso tempo é precioso, assim como a nossa integridade e saúde emocional também.

Não temos tempo e nem devemos ter com aquelas pessoas que sentimos que falam de nós na nossa ausência sem cuidado, que riem e estão sempre prontos a fazerem uma crítica cruel. Dispenso! Esses são aqueles que nos rejeitam, não nutrem verdadeiro afeto, competem e até sentem inveja. Normalmente a falta de aceitação é recíproca, observe se você também não sente a mesma coisa. Quando a corda arrebenta de um lado é porque do outro ela também já foi muito puxada.

Nós devemos encontrar tempo para procurar pessoas que nos fazem sentir inteiramente seguros da atenção e amor que nutrem por nós, com amigos que nos deixam certos de que podemos confiar em sua amizade, em sua ética pessoal, em suas virtudes. Que tem cuidado com o que nos diz, como atende ao nosso telefonema, que se adapta muitas vezes ao nosso jeito mais cuidadoso, isso é delicadeza e respeito. Pessoas que vibram com as nossas conquistas como se fossem delas e que sofrem com o nosso sofrimento. Que nos aceitam, que confiam em nossa capacidade de análise da realidade e não têm a pretensão de querer nos controlar, pessoas que normalmente também aceitamos integralmente e que quando existe algo a ser resolvido isso acontece com leveza entre as duas partes, existe carinho para dialogar, simplesmente porque existe bem querer suficiente para crescer em prol daquela relação. Se você tenta e o outro não quer, lamento.

É preciso confiança, respeito, identificação, companheirismo, união, admiração, valorização para seguir adiante com uma amizade. Hoje tenho a certeza de que não tenho vontade de perder tempo com pessoas que não me acrescentam em nada. Não quero niguém bisbilhotando minha vida com minha autorização, querendo conversar para saber o que acontece comigo, para depois sair falando o que viu e me julgando, eu não preciso disso. Um dos maiores males da humanidade hoje é a curiosidade, pois o que mais tem é gente infeliz querendo se divertir às custas de inventar e falar mal da vida do outro. E sabe de uma coisa? No fundo, sabemos muito bem quem é sincero e quem não é, no final sempre descobrimos aquela fofoca irresponsável e leviana inventada por alguém que se diz nosso amigo, então pra quê insistir?

Eu não sou patologicamente carente, então sei que não aceito, não preciso e não quero meios amigos, meias verdades, meias palavras, não quero meia fidelidade, nem meia sinceridade, não me contento nem com 80 %. Sei em quem posso confiar e valorizo essas pessoas. Amigos são diamantes e precisam ser cuidados. E, cada vez mais, procuro dividir meu tempo só com quem é consciente desta realidade.

Por Cintia Liana

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ser justo com os inimigos

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Quem é verdadeiramente honesto consigo mesmo consegue ser justo até com os seus próprios inimigos.

Por Cintia Liana

Observação:
Inimigos: Aqueles com os quais entramos em algum tipo de "guerra"; inimigos sociais, ladrões, marginais; aqueles de má intenção, de espírito traiçoeiro, falsos; aquele que nos veem como ameaça e que desejam nos fazer mal.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O que sai da boca


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Um bom método para saber o nível de maturidade e educação de uma pessoa é observar qual é o linguajar que ela usa quando está nervosa ao se encontrar numa situação de descontrole emocional discutindo com alguém, a mesma coisa serve quando ela faz uma brancadeira de conteúdo sexual. Não há problema algum em se “descontrolar” ou falar de sexo, mas na boca de quem é pulido e fino não moram palavras pejorativas, preconceituosas e de baixo escalão. O que sai da boca é reflexo do que é alimentado na alma.

Por Cintia Liana

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O imperfeito amor materno

Foto: Texto de uma amiga,
a escritora Mônica Montone, formada em psicologia.
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Por Cintia Liana Reis de Silva

Definitivamente o amor materno não é perfeito e nem tem que ser. Elizabeth Banditer, pesquisadora, conhecida por escrever sobre o mito do amor materno, diz que o amor é inerente a condição de mãe, que ele não é determinante. O amor de mãe pode variar de acordo com a consciência de cada uma, de acordo com as ambições, frustrações, cultura, ele pode ser fraco ou forte, existir ou não existir, aparecer e desaparecer, pode ser bom ou ruim, ter preferência por um filho ou não.

Existem mães de todos os jeitos, mãe não é tudo igual. Existe mãe que sufoca, mãe egoísta, descuidada, superprotetora, patologicamente medrosa, controladora, chantagista, competitiva, que faz da vida do filho um verdadeiro inferno, fazendo ele depender dela porque tem medo de perder a sua companhia, por exemplo. Existem também as que sabem amar, as que se questionam. As mãe são humanas.

Nos escondemos por trás dessas frases para não questionarmos a nossa própria educação, os nossos próprios valores. Se diz “é coisa de mãe”, como um modo de desculpar a má educação que se dá, sem ter nenhuma responsabilidade com as consequências. É como se o outro não fosse capaz de entender esse amor tão mitizado, desconsiderando o olhar assustado que quem vê a cena absurda, de quem ouve a mãe falar aquela bobagem. Ser mãe não é deliciar o próprio ego narcizista e infantil, para fortalecer e perdurar convicções, mesmo que para isso tenha que fazer o filho sofrer. Ser mãe é educar para a vida, para o convívio com outras pessoas, cada ser humano é peça fundamental na sociedade, a soma deles é a paz ou o caos.

Uma mulher consciente busca educar o filho para ser um adulto responsável e efetuoso com sua vida e com os outros. É tarefa difícil, precisa de jogo de cintura, entender o comportamento psicológico, temperamento, personalidade, ir lapidando com cuidado e reflexão esta nova alma. Precisa de tempo e amor saudável. Não dá para colocar filho no mundo para alimentar o próprio ego sem pensar nas consequências, para somente se realizar, para provar que é capaz de parir. Ser mãe, assim como ser pai, é tarefa de grande responsabilidade, é  preciso senso de justiça apurado. É preciso ir muitas vezes ir contra as nossas próprias convicções.

Geralmente é mais fácil achar que sempre estamos certos, mudar de postura dá muito trabalho, exige energia, desapego. Acreditar que nossos pais não são perfeitos magoa. Preferimos acreditar que eles são perfeitos e quem sabe assim também o seremos?

Existem mães que sabem educar, já outras não. Mães que olham seus filhos como pequenos coitadinhos, outras que mostram a eles que podem ser fortes e vencedores, sem passar por cima de niguém. Mães que trabalham as suas frustrações para não colocá-las em cima do filho. Existem pessoas lúcidas e outras não, como também existem mães lúcidas e outras não. O fato de ter um filho não precisa torna ninguém estúpida, embreagada de amor materno e isso nãe é desculpa para fazer besteiras, usar os filhos como cobaias para tentar acertar. Muito menos precisam ser super heroína, portadora do amor mais poderoso do universo.

Existem formas diferentes de ser mãe e ela não tem que ser perfeita. Estudos mostram que mulheres conseguem mais facilmente ser boas mães se também tiveram um solo fértil e equilibrado em sua infância, explica Bowen, o pai da teoria do apego. É mais fácil se dar aquilo que se teve, dar aquilo que se conhece e experimentou. As que sofreram normalmente reproduzem o modelo que tiveram, aquilo que conhecem, a não ser que façam um trabalho de autoconhecimento para não cair no erro de repetir os padrões intergeracionais, e isso é possível, a tomada de consciência é totalmente possível.

Mães erram sim. Há aquelas que ainda colocam fraldas, dão bico e mamadeira a filhos de 5 anos, sufocando o seu crescimento com a busca incessante de fazê-lo estagnar naquela fase para não perder o seu bebê tão amado. Pai e mãe que colocam o filho para dormir entre eles na cama matrimonial; casais que fazem amor com o filho dormindo ao lado, sem querer perceber que o filho vê, acorda e sente a energia do sexo. Erram sim.

Pais superprotetores que passam os seus medos ou quer que seus filhos se tornem superdependentes e que acreditam que eles devem ser os super heróis dos filhos, quando esses pais nem mesmo conseguiram enfrentar e nem dar conta de seus próprios fantasmas.

Pais erram e criam crianças egoístas, agressivas, que não conseguem enxergar o outro porque dentro de suas casas são tratados como o centro do mundo. Ou o oposto, crianças depressivas, inseguras, sofridas.

Pai e mãe consciente é aquele que se permite ter dúvidas e se pergunta: “estamos sendo justos?”, “estamos sentindo pena do nosso filhos?”, “como os meus sentimentos de culpa e preconceitos inflenciam na educação dele?”, “estou educando bem?”, “no que posso melhorar independente do que acredito ou quero acreditar?”, “como minhas neuroses e medos podem influenciar na vida emocional de meu filho?”, “de que modo isso pode influenciar no seu futuro, no seu comportamento?”. Esses buscam estar conscientes, se questionam, que educam sem estar apegados a suas crenças antigas e a própria educação que tiveram de seus pais.

Tem também aqueles pais que perguntam a um amigo psicólogo o que acha da educação que dão. Quando o amigo psicólogo chega a falar, depois de muita insistência por parte dos pais, eles não querem ouvir, mudam de assunto, ou começam a se desculpar, justificar. Quem quer de fato melhorar não pergunta opinião de um amigo psicólogo, vai direto a um terapeuta de família,  paga pela sessão, ouve tudo o que não quer ouvir. Muda. Em mais de 12 anos de experiência clínica só o segundo ouve e muda. O que pede opinião geralmente não passa de um curioso querendo ouvir elogios tecnicos.

É mais fácil não se questionar, mas pais criam filhos como Suzane Richthofen e depois da crueldade que fazem, a mídia, em nenhum momento, propõe uma discussão sobre como ela deve ter sido educada. Nem conseguiram jogar a culpa na adoção, como em geral o fazem, porque ela era filha biológica. Não se trata de culpabilizar os pais, nem ninguém, mas de dar algumas responsabilidades e de entender como podemos criar melhor as futuras gerações, de questionar o nosso egoísmo, o nosso apego em relação a algumas crenças e farsas sociais.

Poucos estudiosos e escritores questionam o mito do amor materno, pouco se fala sobre ele. Acredito que, como motivo inconsciente, não queiramos tocar de algum modo no arquétipo de grande mãe, na imagem da Virgem Maria, da Nossa Senhora, mas não podemos nos comparar a ela, mesmo com o desejo de ser uma boa mãe, com toda a bondade, amor e pureza que ela representa. Mais nobre é encarar a nossa humanidade, tentando ser cada vez mais justa, para ter filhos psicologicamante mais saudáveis.

Há quem diga que a dor de parir influencia no amor que a mãe alimentará por seu filho, mas ele não é determinante, se fosse assim não veríamos bebês de mulheres que acabaram de parir jogados no lixo. Não veríamos mães adotivas tão apaixonada e  educando tão bem seus filhos que não pariram e nem, tampouco, veríamos pais tão maravilhosos, que dão todo o amor que uma criança precisa para estar no mundo experimentando segurança emocional plena. Ser pai e mãe é um processo de descobertas de si mesmo, é tentar ser melhor para educar melhor, mas exige preparo. Não é certo ter um filho para aprender com ele a terefa de ser gente. Uma criança não merece tamanha crueldade e responsabilidade.

Nós humanos adoramos frases feitas, ideais perfeitos, fórmulas do amor e verdades absolutas para nos proteger de nossas falhas e fragilidades. Mas ainda acredito que tantar aguçar um olhar analítico para alcançar outras verdades, mesmo que elas nos desagradem, mesmo que isso doa, é o caminho mais rico e que nos leva a crescer e melhorar a nossa própria realidade, fazendo outros serem humanos que dependem de nós mais felizes.

Cintia Liana Reis de Silva, é psicóloga, psicoterapeuta, especialista em casal e família. Já acompanhou e teve contato com mais de 2.000 casos.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Quem eu sou


É tão interessante a óticas das pessoas. Tenho amigos de todos os jeitos, procuro não julgar, só prezo pela honestidade. Interessante é o que eles acham de mim. Tem uns que me acham simples demais, acham que "não tenho cara de baiana", que não tenho a ver com o lugar que eu valorizo e tenho orgulho de ter nascido. Tenho também os que me acham metida, pensam que não gosto e não aceito o lugar onde nasci e cresci.
Começo a achar que sou um ser bem difícil de compreender. Se não me olharem com aceitação e sem querer achar rótulos fica difícil mesmo, é assim com todo mundo.

Nessa história de ser de um lugar tão estigmatizado e turístico, cada vez mais faço questão de saber diferenciar bem a cultura popular da cultura de massa. Diferenciar a simplicidade do mau gosto.

Ter sensibilidade para apreciar a subjetividade de toda estética é necessário. Não encaixar em nossos próprios padrões de pré julgamentos é interessante, cria um mundo novo diante dos nossos olhos.
Voltando para a Itália entendo que em minhas veias também pode morar o sangue europeu que herdei de alguns bisavós, mas sinto o quanto sou brasileira, mais que isso, sou baiana, sou mesmo de lá.

Sou feita das palavras de Jorge Amado,
constituída pelas canções de Caymmi,
pelas poesias de Castro Alves.
Dos 8 aos 18 morei nas "tardes de Itapuã",
nos meus pés e na minha cintura moram o samba do recôncavo,
o ritmo do meu caminhar tem o som e o toque do atabaque e do bongô.
Sou boa de ginga e na capoeira não me desafie.
Cresci cantado.
Sou a mistura de Pedro e Walkíria,
mulher de Paolo, o mais novo ítalo-baiano,
eu sou assim.
Posso estar aqui,
posso me adaptar,
posso rodar o mundo,
mas meu ritmo eu sei qual é e sei valorizar,
eu sou menina baiana e esse brilho ninguém pode me tirar.
E tem mais: só quem é simples sabe enxergar.
Na fantasia de cada um eu posso ser o que elas quiserem,
mas eu tenho direito de ser e viver quem eu sou.
...E continuarei caminhando, descobrindo, transformando e sendo Cintia Liana.

Por Cintia Liana

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O que é feio

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Medo, medo, medo, medo. Medo todos nós sentimos em algum momento, não adianta negar. Tem gente que tem tando medo que até chega a ter medo da palavra medo ou até de admitir que o sente.

Medo faz parte do instinto de sobrevivência do ego humano e não é vergonha nenhuma sentí-lo. Às vezes é até sinal de inteligência, pois indica perigos, nossos limites. Não somos infalíveis, nem super heróis e nem temos a obrigação de ser.

É muita vaidade e orgulho negar o medo. Não há problema nenhum em sentí-lo, assim como também não há problema em sentir raiva, a diferença é que o homem sábio sabe muito bem o que fazer quando os experimenta e procura refletir sem receio e sem alimentar máscaras.

Feia é a covardia na recusa do auto conhecimento. Feia é a pretensão e a burrice da vaidade. Feio é a falta sinceridade. Feio é a falta de conhecimento. Feio é a falta de simplicidade.

Por Cintia Liana

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Tolerância e mudança

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Como dizia Sai Baba, mestre espiritual da Índia, “seja tolerante com os erros alheios e cruel com os seus próprios".

Ser tolerante traz sensação de paz. Na medida em que você sente que tem seu tempo para entender e mudar as coisas dentro de si mesmo, tem também a percepção clara de que os outros são assim igualmente. As pessoas mudam, enxergam, até aquelas que escolhem não mudar com esta nova persepção.

Conhecendo a si mesmo entenderá o mundo, o caminho das pedras está no conhecimento da nossa própria subjetividade. Bem assim. Quem somos nós para exigir que o outro veja, que o outro mude? Cada um com o seu tempo e forma de crescer. Quem é psicólogo precisa entender isso o mais cedo possível ou fica louco vendo os erros alheios dentro de um consultório.

Não querer provar nada a ninguém dá sensação de felicidade, realização, completude e tranquilidade.

Mas ser tolerante não significa ser permissivo, submisso e aceitar ofensas. Tolerância é não ser propotente, autoritário, é não querer estar no controle, é não levar tudo como uma ofensa pessoal. É não querer competir, medir força ou influência, querer ensinar há todo momento, é estar em paz, não querer provar nada ao outro.

É fundamental buscar ser tolerante ao extremo para viver em paz comigo mesmo e com os outros, trabalhando o senso de valor antes de tudo consigo mesmo.

A psicologia sistêmica mostra e prova que quando mudamos a nossa forma de nos relacionar as pessoas respondem de modo diferente, algo no mundo já muda em relação a nós. Então comece.

Um felicíssimo ano novo para todos nós!

Por Cintia Liana