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domingo, 25 de outubro de 2015

Amigos com o mesmo nível de conhecimento

We Heart it


Estive pensando que às vezes é bem frustrante se relacionar com "amigos" que não têm o mesmo nível de conhecimento que o nosso. Dá pra se sentir incompreendido nas colocações; o outro não acompanha o teu raciocínio; nunca ouviu falar naquilo que vc fala com tanto entusiasmo ou simplesmente não acredita porque aquilo não faz parte da realidade dele porque ele não lê, porque ele baseia tudo só no senso comum, etc. Aí você tem que introduzir somente assuntos que ele possa compreender, em em uma linguagem mais acessível. Ok. 

Mas o pior de tudo é quando, o "complexado", por não se considerar "sabedor", se sente incomodado com o teu conhecimento, achando que ele - o conhecimento - o desvaloriza. 
No fundo, muitas pessoas com pouco conhecimento (as frustradas e sem humildade) não conseguem nem sentir alegria ou orgulho por ter um amigo com muito conhecimento. Não digo nem "diplomado", porque tem muito diplomado ignorante e "não diplomados" sábios. 
Mas continuando, como ele não se valoriza, ou não valoriza o que sabe, ele encara o saber do outro como uma ameaça, ele se sente desvalorizado quando o "amigo doutor" abre a boca para falar de um assunto de modo brilhante. Nem procura aprender como ouvinte, não tem condições nem de elaborar uma pergunta, de "trocar" com maturidade. 
Numa conversa informal, você fala alguma coisa muito legal sobre mente e comportamento, que pode servir para a vida dele e ele "entorta a boca". 
Todas as pessoas no mundo são munidas de algum conhecimento, mas aqui me refiro ao conhecimento acadêmico, teórico-científico, erudito, alternativo" ou até o de pessoas mais "sensíveis" e "questionadoras".
Enquanto o "amigo doutor", que valoriza o seu próprio conhecimento, consegue valorizar o saber desse amigo que se sente ameaçado. 
Tudo isso é bem complexo, uma longa discussão de vários aspectos sutis, controversos e paradoxais, as pessoas são diferente, mas é o inicio de uma reflexão sincera. 
Eu adoro as pessoas ingênuas, valorizo as pessoas "sem estudo", gente simples que não se importa com diplomas, mas estou num movimento de estar mais focada em pessoas seguras, ousadas OU com o mesmo nível de conhecimento ou alcance que o meu. No final, é tudo mais simples.


Cintia Liana



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