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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

"Amsterdã, uma cidade a frente do nosso tempo"

Fotos e painel Cintia Liana

Por Cintia Liana Reis de Silva

Férias de julho? Uma semana com minha família em Amsterdã, eu, meu marido e minha filha de 7 meses. Para meu marido era a terceira vez naquela cidade mágica.

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a quantidade de títulos de revistas de psicologia nas bancas do aeroporto. Quatro títulos é um número expressivo comparado a algumas outras cidades do mundo.

Amsterdã transpira romantismo por causa dos seus canais ao longo da cidade. É chamada de Veneza do norte e também lembra bastante Paris. As casas estreitas e altas, por lei, dão um toque elegante e que se assemelham aos nossos jogos de casinhas de madeira que usamos no Brasil quando pequenos. No início, foi estabelecido que não se podia construir casas espaçosas, mas se podia fazer andares superiores, assim como as casas de Londres.

Se observarmos bem, nos topos das casas, tem uns ganchos, que eram usados para transferir rapidamente os móveis do térreo para os andares superiores em casos de enchentes, pois para quem não sabe Amsterdã fica abaixo do nível do mar e o mar é bloqueado por diques, que em Holandês é Dam. Amster é um nome próprio, que combinado a palavra dique, que é dam, fica Amsterdam, em português se escreve tirando o M e coloca o tio.

É uma cidade a frente do nosso tempo sobretudo porque as leis são modernas, o casamento gay é legalizado, assim como o uso da maconha e do haxixe. Então se pode chegar em uma bar e pedir maconha com gosto de menta, por exemplo. Têm revistas que exploram muito os efeitos medicinais de maconha (marijuanna). Hoje existem milhares de tipos de maconha, para todo o tipo de problema de saúde ou necessidade. Fontes seguras dizem que essa erva lá é da melhor qualidade, pois não existe tráfico.

A prostituição é legalizada também. Tem uma rua onde algumas prostitutas ficam em vitrines, elas não ficam nas ruas, mas protegidas em lugares próprios. Tentaram fazer prostituição de homens assim, mas as mulheres não aderiram, por causa de exposição que poderiam passar ao escolher os parceiros a céu aberto.

É um lugar muito organizado, onde existe um grande senso de respeito em relação ao modo de ser alheio. As pessoas se vestem dos modos mais diferentes e ninguém ri ou olha feio para o outro. Os jardins são lotados no verão, com grupos de pessoas que se sentam e se deitam no gramado para curtir o sol e conversar com amigos. Eles aproveitam umas duas semaninhas de calor, já que o resto do ano faz muito frio. No inverno, por exemplo, os canais servem de pista de patinação, já que a água congela totalmente.

Existem muitas casas flutuantes, algumas muito bem arquitetadas e muito caras, pequenas mansões sobre a água.

Seguramente é a cidade das bicicletas, com um baixo nível de poluição. Todos andam de bicicletas, incluindo as elegantes mulheres de saiam indo para o trabalho, as mocinhas de mini saia no verão e os idosos acima de 80 anos. Interessante que não vi quase ninguém acima do peso, será que tem relação com o excessivo uso das bicicletas? Me disseram que não necessariamente.

A gastronomia é internacional, se encontra de tudo, o japonês é ótimos, os quitutes locais também, mas de certo modo a culinária não é exatamente o forte dos holandeses, mas os doces são uma delícia e as cervejas são álcool também para quem não ingere álcool ou está amamentando como eu.

Para alugar um carro? Nada de Agência. O residente interessado aluga para emergências e certas necessidades, tem um cartão e um aplicativo no smartphone que diz onde tem uma carro estacionado a disposição e é só passar o cartão no leitor e o carro se abre. Paga por hora mais ou menos a bagatela de € 5 euros e a gasolina é inclusa nesse valor. O total é debitado no cartão de crédito do usuário, que é calculado da hora em que ele desbloqueia o carro até a hora em que termina de usá-lo e o trava, passando novamente o cartão no para brisa.

Alimentação custa caro, roupas nem tanto e nos supermercados se vende muito comida natural. Eles têm uma grande variedade de pães. Os Souvenirs são lindos. Os moinhos dos campos são exatamente aquilo que vemos nas fotos.

O turismo é fortíssimo e tem muita coisas para conhecer. O zoológico é o mais antigo da Europa, os jardins são limpos, o transporte público funciona beníssimo (barcos, tram e aluguel de bicicletas). Dizem que é porque todos pagam bem seus impostos.

Os museus são excelentes, os mais famosos são o de Van Gogh e Rijksmuseum. Todos, todos mesmo, falam inglês, até na TV o idioma é o inglês, com legenda em holandês. As pessoas sorriem muito no verão, usam roupas minúsculas nas bicicletas e os homens respeitam as mulheres. O passeio de barco é constante, aproveitam para reunir amigos na estação mais quente e tomar um pouco de sol, ver gente, que fica nos bares ao longo dos canais, e conversar.

Se pode comprar um cartão turístico de 24, 48 ou 72 horas e com ele se entra em vários lugares, museus, transportes públicos e tem direito a uma volta de barco com o qual se faz um longo percurso. Nós usamos o de 72 horas, que custa € 60 euros por pessoa, mas vale muito a pena, pois o Artis Royal Zoo, o Van Gogh Museum, assim como o Museum Het Rembrandthuis (Rembrandt House Museum) e o Amsterdam Tulip Museum estão inclusos na lista, já para o Rijksmuseum dá um desconto de 25% e é um dos museus mais importantes do mundo, mas não custa muito, custa € 12,50. Com o mapa que vem no cartão se chega fácil em todos os lugares.

A casa de Anne Frank não entra na lista do City Card e tem uma fila enorme, então não fomos.

Com o City Card não se pega a fila comum dos museus, a fila para que o usa é bem pequenina.

Passear com o carrinho de bebê é confortável e com a faixa porta bebê também, pois se pode caminhar tranquilamente por toda a cidade. Muitas coisas ficam no centro da cidade.

Amsterdã deveria estar entre as cidades da Europa mais visitadas do mundo, junto com Paris, Roma, Londres, Madrid e Lisboa, pois certamente não deixa nada a desejar para nenhuma outra cidade do mundo.

Por Cintia Liana Reis de Silva 

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