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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fazer terapia é um luxo!


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Por Cintia Liana Reis de Silva

O termo terapia significa relação de ajuda e psicoterapia relação de ajuda através do psiquismo. O profissional habilitado para fazer a psicoterapia é o psicólogo que tem formação na área.

A mente humana é um enigma onde podem ser encontradas todas as respostas para os aspectos da vida do homem, os motivos de seus problemas, infortúnios, escolhas mal feitas, padrões de comportamento, falências, repetições de erros, relações conflituosas, problemas com os filhos, etc. Todos esses mistérios podem ser desvendados com cuidado, com o desejo do terapeutizando em um processo contínuo, sério, de investimento emocional, de tempo e na frente de um profissional competente e ético.

Ainda existem muitos preconceitos em relação a terapia e a quem se submete à ela, mas em alguns círculos sociais fazer terapia é sinal de inteligência e maturidade. Em alguns Países já virou moda e sinônimo de elegância, trazendo um certo status social.

A verdade é que quem se submete a um processo de autoconhecimento no mínimo quer se confrontar, não se acomoda em se conhecer pouco, como a maioria das pessoas. Quer cuidar e se sentir bem consigo mesmo sem artifícios: como fazer fofoca e nutrir curiosidade pela vida alheia para achar que a sua vida é um pouco melhor; comprar para se sentir mais valorizado; beber e usar drogas para se sentir mais seguro; ser arrogante ou se sentir falsamente mais inteligente ou especial para e sentir menos inferior ou mostrar aos outros que possui bens materiais para se sentir mais importante.

Na terapia se pode construir um self mais sólido, pois se adquire uma visão sócio histórica mais consciente de si mesmo e se entende que a autovalorização é algo que vem de dentro para fora e não de fora para dentro, que o se sentir bem é uma busca de quem se é de forma franca, se aceitando, se respeitando, se sentido responsável por sua própria vida e capaz de mudá-la e isso inclui o reconhecimento da própria família, da própria história, da própria identidade, das próprias feridas infantis, dos dilemas, fragilidades, traumas, faltas, carências e dores.

Problemas físicos também podem nascer das dificuldades e contratempos emocionais, como febres sem motivo, dores do corpo, problemas respiratórios, de pele, gastrointestinais, dificuldade em engravidar e muito mais. Existem várias áreas da psicologia que tratam esse sintomas físicos como a psicossomatização, a biossíntese, a bioenergética... O corpo é um reflexo da mente, dos sentimentos.

De acordo com a teoria de sistemas familiares e do teórico Bowen existe uma força vital que é a diferenciação. É uma capacidade instintiva que impulsiona o ser humano a amadurecer e a tornar-se uma pessoa emocionalmente independente da família, apesar de que ninguém nunca será capaz de adquirir uma completa independência emocional em relação a ela. Mas quanto maior é o grau de maturidade dos pais, maior poderá ser o grau de maturidade dos filhos, ou seja, a diferenciação básica é amplamente determinada por um processo emocional multigeracional. Mesmo assim, o indivíduo pode chega num ponto onde começa a ver mais claramente os seus modelos familiares intergeracionais adoecidos, o emaranhado familiar, aquilo que ele quer levar e o que ele quer abandonar em relação a sua própria família, e entende que pode fazer melhor do que os seus pais fizeram, melhorar as futuras gerações, se tornado menos reativo e mais responsivo, com a capacidade de pensar, sentir e agir por si mesmo e só após essa tomada de consciência é que ele estaria em grau de ter filhos e educar um outro ser humano.

Idade não determina e nem traz maturidade. Algumas pessoas podem ficar paralisadas no tempo, com uma baixo nível de diferenciação. São pessoas reativas, ansiosas e solitárias, não criam relações duradouras e se sentem desconfortáveis nas relações. Podem se sentir secretamente superiores para encobrir o sentimento de infelicidade, inferioridade e vazio. São pessoas que agem sempre no intuito de ir contra a opinião dos outros, normalmente são crianças nascidas em famílias desarmoniosas, com um alto grau de tensão, com pais desatentos e imaturos. Esses indivíduos quando crescem têm como repertório de valores e crenças opor-se a crença dos outros, são negativistas e contraditórios.

A terapia facilita e promove esses processos maturacionais, pois nela exercita o olhar voltado para si mesmo e vê não só o que ele quer mas também o que ele não gostaria de ver, a sua parte sombra, a sua imaturidade, dependências, vícios cotidianos, como de fato está educando seus próprios filhos e enxerga o que ele passou a vida escondendo dele mesmo e dos outros, caem suas  máscaras sociais aprendidas, se questiona os padrões familiares internalizados. O paciente aprende a comunicar e traduz em palavras o que o incomoda nos outros e em si mesmo e vai entendendo os seus sentimentos, de onde vêm e quais são as suas causas.

A partir dessa tomada de consciência o paciente se liberta de muitas amarras invisíveis, o funcionamento do seu self se torna menos dependente do suporte e da aceitação dos outros e pode aprender a se relacionar de um modo mais confortável e a se comportar como sempre teve vontade, mas não conseguia, se permitindo crescer.

Resumindo, fazer terapia é para os “fortes”, afinal se olhar no espelho “nu e cru” não é algo para os “fracos”. Os fracos fingem não ter dificuldades, já os fortes querem vê-las, enfrentá-las e superá-las. Enfim, fazer terapia é um luxo!

Por Cintia Liana Reis de Silva

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Abra tua alma só a quem você confia

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O facebook não é um lugar para abrir a alma. Seja sincero consigo mesmo e com os outros, essa é uma tarefa para pessoas fortes, corajosas, lúcidas e maduras, mas abra tua alma só a quem te ama, a quem você confia e em tua sessão de psicoterapia.
Cintia Liana